Importantes empregadoras e, portanto, responsáveis pelo consumo das famílias, que é quem sustenta o PIB brasileiro, as pequenas e médias empresas devem sofrer mais com uma paralisação por conta da pandemia. Serrano, do Haitong, explica que os negócios menores precisam de fluxo de caixa para sobreviver e, com o consumo em suspenso, podem quebrar.
Francisco Ferreira, sócio-fundador da BizCapital, fintech que concede empréstimos para pequenas e médias empresas, alerta que o setor tem menos linhas de crédito para suprir necessidades de caixa em momentos como o atual. “É preciso planejamento porque os negócios podem ter quedas de receita, de 10%, 20%”, diz. Ele sugere procurar por canais de financiamento, como bancos e fintechs, antecipadamente. “Será pior se deixar o buraco aumentar. É preciso analisar os números, trabalhar melhor os estoques e buscar eficiência, reduzindo custos”, defende.
Segundo Ferreira, a onda do coronavírus ainda nem chegou nos negócios, mas o efeito nos mercados mostra que está a caminho. “Ainda não há pânico, a nossa inadimplência não aumentou. Mas os empresários já se perguntam sobre o que fazer”, alerta.