O que dizem os especialistas sobre a queda da Bolsa
» Nem Joesley Day, nem greve dos caminhoneiros. Nesta semana, o pânico no mercado financeiro não se equipara a nenhuma crise recente. Em momentos assim, é melhor recorrer aos profissionais. Confira o que eles dizem sobre a tempestade atual:
» Warren Buffet, lendário investidor americano: “Se você permanecer por tempo suficiente, verá de tudo nos mercados. Se seguir o pregão segundo a segundo, perceberá que ele reage às notícias em grandes proporções. Não se deixe influenciar pela emoção”.
» Guilherme Affonso Ferreira, sócio da Teorema Gestão de Ativos e um dos principais investidores individuais da Bolsa brasileira: “Minha recomendação, em especial aos ‘novos CPFs da Bolsa’, é que tenham resiliência, calma e prudência. E olhem para o momento como uma excelente oportunidade. Comprem mais se puderem. A história diz que a chance de ser bem-sucedido é enorme”.
» Henrique Bredda, gestor do Alaska Black, um dos fundos de ações de maior rentabilidade nos últimos anos: “O comportamento destrutivo das pessoas, entrando nas altas e resgatando na baixa, provoca estragos. Se você é um acumulador de ações, não se comporte como a maioria. Saiba que promoções de preços ocorrem de tempos em tempos e entenda que a bolsa é apenas uma peixaria onde as pessoas se encontram para comprar e vender fatias de empresas”.
» Luiz Barsi, maior investidor individual da Bolsa brasileira: “Você não pode esquecer que o mercado de ações não é de risco, mas de oportunidades. Estou adorando a queda das ações”
Teto de gastos gera discussão entre empresários
A discussão sobre o teto de gastos, regra que impede o crescimento das despesas do governo acima da inflação, chegou ao meio empresarial. Como a crise do petróleo e a pandemia do coronavírus devem corroer o PIB, uma das saídas defendidas por uma ala, digamos, mais progressista defende a ampliação dos gastos do governo para estimular a economia. Ontem, o debate dominou um grupo de WhatsApp empresarial. A coisa ficou tão feia que um empreendedor da área de transportes foi excluído do grupo.
Coronavírus vai afetar mais setor aéreo do que ataques de 11 de setembro
O coronavírus será mais devastador para o tráfego aéreo global do que os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001. Segundo o Goldman Sachs, o movimento de passageiros deverá cair 7% neste ano, acima da queda de 3% observada logo após a tragédia das Torres Gêmeas. Nas duas últimas semanas, as ações negociadas em bolsa das companhias aéreas americanas desabaram cerca de 30%. No Brasil, a turbulência provocada pela pandemia também afetará os resultados de empresas como Gol, Tam e Azul.
- 5 milhões de euros
foi o prejuízo que o time francês Paris Saint Germain teve ontem na
vitória por 2 a 0 contra o Borussia Dortmund, pela Champions League.
O Departamento de Polícia de Paris proibiu a presença de público
como medida de prevenção ao surto de coronavírus
Rapidinhas
» A multinacional brasileira Iochpe-Maxion, maior fabricante mundial de rodas de aço e alumínio, está colhendo o resultado de seu plano de internacionalização. Atualmente, 80% das receitas da companhia vêm do exterior, o que a protege contra a desvalorização cambial. Em 2019, a Iochpe-Maxion faturou R$ 10 bilhões, um recorde.
» O orçamento impositivo entrou de vez na agenda do país. Nas últimas duas semanas, a busca pelo assunto saltou 1458% no Google. De acordo com o Google Trends, algumas das principais perguntas feitas no buscador foram “o que é orçamento impositivo?” e “como ficou o orçamento impositivo para o Congresso?”
» A produção de motocicletas no Polo Industrial de Manaus cresceu 5,1% no primeiro bimestre diante do mesmo período de 2019, segundo dados da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). O resultado se deve à queda de juros, que ampliou a oferta de crédito.
» A pandemia do coronavírus tem levado muitas empresas a liberar os funcionários para trabalhar em casa. A decisão precisa ser tomada com cuidado. Segundo especialistas, as redes de internet domésticas são mais suscetíveis a ciberataques. Ou seja, o risco de dados corporativos serem devassados por criminosos aumentará.