Economia

Governo não aceita mexer no teto


Em meio ao debate entre economistas sobre a mudança no teto de gastos para que o governo possa investir, como vêm fazendo vários países para conter a desaceleração da economia global, o secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida, fez coro com o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, e defendeu a manutenção da emenda constitucional aprovada em 2016.

“O problema da economia brasileira não é o teto de gastos. O que temos que olhar é o crescimento das despesas obrigatórias. Ele (o teto) é a solução, ele é uma coisa boa. É nas despesas que temos que agir”, afirmou Sachsida.

A regra limita o crescimento dos gastos pela inflação. E como o Orçamento está engessado, e não há muito espaço para malabarismos fiscais, Waldery ainda reforçou que, nesta sexta-feira, o governo vai anunciar um contingenciamento de despesas para cumprir uma meta deficitária pelo sétimo ano consecutivo, diante de uma previsão menor de crescimento na economia.

Para Monica De Bolle, crítica do teto por não prever uma válvula de escape para momentos como o atual, o governo não terá outra saída a não ser flexibilizá-lo para estimular a economia.

“A maioria dos países está adotando medidas anticíclicas, se antecipando à crise que está se formando. A regra do teto é excessivamente rígida”, explicou. (RH)