À espera de anúncios de estÃmulos fiscais pelos EUA, Japão e G-7, o dólar opera em queda nesta terça-feira, 10, ante as principais moedas emergentes ligadas a commodities, incluindo o real. O ajuste de baixa no mercado local conta ainda com influência da venda de mais US$ 2 bilhões no mercado à vista - na segunda-feira já foram vendidos à vista outros cerca de US$ 3,5 bilhões - após uma série de ofertas de swap cambial que totalizou US$ 7,5 bilhões entre a quarta-feira de Cinzas (26/2) e a última sexta-feira (6/3).
A queda ante o real nesta terça vem após 13 altas registradas nas últimas 14 sessões, perÃodo no qual o dólar à vista acumulou ganho de 9,86%, fechando na segunda-feira a R$ 4,7243 - recorde nominal histórico.
O resultado melhor, mas dentro do esperado, da produção industrial em janeiro fica em segundo plano. Segundo economistas da Renascença DTVM, mesmo com a alta após dois meses seguidos de queda pesa o fato de que "as perspectivas para a economia brasileira têm se deteriorado rapidamente nas últimas semanas".
A produção industrial subiu 0,9% em janeiro ante dezembro, com ajuste sazonal, pouco acima da mediana positiva de 0,80% (intervalo de 0,50% a avanço de 1,90%). Em relação a janeiro de 2019, a produção caiu 0,9% e veio pouco melhor que a mediana negativa de 1,00% (intervalo era de -2,20% a +0,40%). A indústria acumula queda de 0,9% no ano de 2020, segundo o IBGE. Em 12 meses, a produção acumula queda de 1,0%.
Às 9h41 desta terça, o dólar caÃa 0,86%, a R$ 4,6837. O dólar para abril recuava 0,92%, a R$ 4,690.