Economia

Bolsa tem mais um dia de queda expressiva e dólar tem recuo

O índice fechou abaixo dos 100 mil pontos pela primeira vez desde outubro do ano passado

Seguindo novo dia de pânico nas bolsas internacionais em meio aos temores do coronavírus, o IBovespa, principal índice da Bolsa de Valores (B3), apresentou queda de 4,14% no pregão de ontem. O índice fechou abaixo dos 100 mil pontos pela primeira vez desde outubro do ano passado, terminando a semana com 97.996 pontos. A queda foi generalizada generalizada devido ao alastramento do vírus no mundo. O índice acumula perdas de 14% desde a volta do feriado de carnaval.

 

No Brasil subiu para 13 o número de casos confirmados e teve seu primeiro caso de transmissão. As bolsas europeias também recuaram, com o avanço da doença na Alemanha e na França. Com os novos dados de crescimento na Europa, o número de casos do coronavírus superou 100 mil. Nos Estados Unidos, que chegaram a 233 casos na manhã de hoje. Empresas como o Facebook e a Microsoft recomendaram aos empregados que evitem sair de casa e trabalhem em home office e o temor de uma crise econômica mundial predomina.

 

Segundo o analista da Ativa Investimentos, Ilan Arbetman, o noticiário do alastramento da doença leva os investidores a precificar um cenário de caos maior. “Tivemos um movimento generalizado com os dados do espalhamento da enfermidade. Número grande de voos cancelados, primeiro caso da América Latina no Peru, aqui na própria convocação da seleção brasileira foi dito que iriam monitorar os jogadores. Uma série de notícias que levam ao cenário de uma recessão com mais impedância”, avaliou.  

 

As previsões para a atividade neste ano já estão em queda livre, o cenário vem deixando operadores em estado de alerta para uma desaceleração maior na economia doméstica, que cresceu apenas 1,1% em 2019.

 

Depois de 12 altas seguidas, o dólar fechou em queda nesta sexta-feira. A moeda que começou o dia em alta virou para queda, terminando com recuo de 0,35%, cotada a R$ 4,63. A sessão de volatilidade foi marcada por uma nova intervenção do Banco Central, que realizou ontem mais um leilão de US$ 2 bilhões de contratos de swap cambial, como forma de tentar conter a escalada da divisa norte-americana. 

 

*Estagiária sob supervisão de