Economia

Bolsas da Europa fecham em alta, à espera de estímulos de BCs e acompanhando NY

As bolsas europeias fecharam em alta nesta quarta-feira, 4, com a percepção de que bancos centrais responderão com estímulos aos impactos econômicos do coronavírus. Investidores já precificam um novo corte de juros do Banco Central Europeu (BCE), na esteira da redução anunciada ontem pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Os ganhos, ainda, acompanharam as bolsas de Nova York, que foram impulsionadas após o ex-vice-presidente Joe Biden tomar a frente da corrida pela indicação do Partido Democrata às eleições presidenciais dos Estados Unidos de novembro. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,36%, em 386,30 pontos. Mesmo com a cautela diante do coronavírus e seus impactos na economia, continuou a haver otimismo nas praças europeias em meio à perspectiva de mais estímulos, também acompanhando Nova York - as bolsas de Wall Street foram impulsionadas pelo fortalecimento da candidatura de Jose Biden, que passou à frente do autodeclarado socialista Bernie Sanders. "O Fed deu o tom ontem ao entregar um corte de juros de 50 pontos-base e acreditamos que o BCE também baixará juros na próxima semana", avalia Liam Peach, da Capital Economics. A próxima reunião de política monetária do BCE é na quinta-feira, 12, mas um corte extraordinário não está descartado no mercado. Com estímulos monetários em foco, na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou com ganho de 1,45%, em 6.815,59 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX avançou 1,19%, a 12.127,69 pontos, com ganhos de 4,35% da Bayer e 2,62% da Daimler. Ainda entre as montadoras, a Peugeot subiu 1,06% na Bolsa de Paris, onde o índice CAC 40 fechou em alta de 1,33%, a 5.464,89 pontos. O índice FTSE MIB, da Bolsa de Milão, por sua vez, ganhou 0,91%, a 21.946,03 pontos, com alta de 5,74% nas ações da Enel. Em Madri, o índice IBEX 35 avançou 1,12%, a 8.910,00 pontos. Na Bolsa de Lisboa, o índice PSI 20 subiu 1,59%, a 4.967,93 pontos.