Segundo o Ministério da Economia, as exportações brasileiras cresceram 15,5% em fevereiro, chegando a US$ 16,355 bilhões. A alta foi puxada, sobretudo, pelas maiores vendas de óleos brutos de petróleo, minérios de cobre, óleos combustíveis, ferro, algodão e carne. Por outro lado, caíram as exportações de milho, celulose, veículos, motores e máquinas não elétricas.
As importações aumentaram ainda mais - 16,7% -, puxadas, sobretudo, pela demanda por bens de capital e bens intermediários. Mas somaram US$ 13,259 bilhões no mês. Por isso, o saldo na balança comercial foi positivo em fevereiro, ao contrário do que aconteceu em janeiro.
No primeiro mês deste ano, a balança comercial registrou o primeiro déficit para o mês de janeiro desde 2015. As importações superaram as exportações em US$ 1,745 bilhão porque a venda de produtos brasileiros para o exterior caiu mais de 20% em janeiro.
Em janeiro, a queda das exportações foi provocada pela redução nas cotações internacionais e nas exportações de petróleo, que começaram a se recuperar em fevereiro. Mas também pela baixa demanda chinesa por celulose e milho - fator que reflete a desaceleração provocada pelo coronavírus na economia chinesa e ainda pesou no resultado da balança comercial de fevereiro.
Por conta disso, no primeiro bimestre deste ano, o Brasil acumula US$ 30,795 bilhões em exportações e US$ 29,434 bilhões em importações. O saldo é, portanto, de um superávit de US$ 1,361 bilhão - resultado que é 69,8% menor que o superávit registrado entre janeiro e fevereiro de 2019: US$ 4,730 bilhões.