Diretora de Relações Institucionais do Airbnb, Flávia Matos defende que a realidade dos serviços do da Airbnb no Brasil é diferente dos outros países. Considera ainda que a Lei do Inquilinato já regulamenta o setor.
“No Brasil, o último censo identificou 6 milhões de imóveis ociosos no país. A prática de locação para temporada já é antiga, e prevista no artigo 48 da lei. Nesse sentido, a gente não entende que haja necessidade de regulamentação, porque já é regulamentado. A tentativa de restrição da locação por temporada viola o direito de propriedade do dono daquele imóvel”, argumenta.
Ainda segundo Flávia, o aplicativo exige a documentação dos usuários, o que ajuda na segurança. Além disso, há o estímulo para que anfitriões e hóspedes se comuniquem e o ranqueamento mútuo dos usuários. Quem não respeita as políticas do Airbnb ou é muito mal avaliado, seja proprietário ou locatário, é retirado da plataforma. “A própria plataforma se constitui a partir de uma comunidade baseada na confiança e determinados códigos de conduta. O prejuízo à coletividade é malvisto na própria comunidade. O preconceito, a comunidade não aceita. É no sentido da construção de uma comunidade responsável, que seja boa para todos os seus membros que a empresa se baseia. Nossa missão é criar um senso de pertencimento em qualquer lugar, com base na construção de laços de confiança”, afirma Flávia.