A greve dos petroleiros foi encerrada ontem após audiência de conciliação no Tribunal Superior do Trabalho (TST). O ministro Ives Gandra, que mediou a negociação, informou que a Petrobras e os funcionários chegaram a um acordo para pôr fim à paralisação que durou 20 dias. “Não há mais margem para greve”, disse o ministro.
Gandra explicou que foi estabelecido que metade dos dias parados serão descontados e a outra metade, compensados. Um dos motivos da greve, a tabela de turnos, foi resolvida. Os trabalhadores conseguiram que as escalas sejam estabelecidas de acordo com a conveniência deles. “A Petrobras voltou atrás em relação à tabela”, disse, acrescentando que a estatal terá 25 dias para organizar os turnos com aprovação dos petroleiros. A revisão do intervalo entre jornadas de trabalho, que também foi modificado pela empresa, será discutida posteriormente.
Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), 21 mil funcionários em 13 estados aderiram à greve. O estopim para a paralisação foi o fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados do Paraná (Fafen-PR), com a demissão mil funcionários, 396 empregados da Petrobras e 600 terceirizados. Ficou acertado que o TST vai continuar mediando as demissões na Fafen-PR, que estão suspensas até 6 de março, após decisão do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 9ª Região.