O dólar voltou a subir, alcançando o segundo recorde consecutivo no mês. A moeda norte-americana avançou 0,16% ontem e terminou o dia cotada a R$ 4,365 para venda, refletindo dados mais fortes sobre a economia dos Estados Unidos. O câmbio vem sendo influenciado também pelos juros em mínimas históricas no Brasil, que desestimulam investimentos financeiros no país.
Analistas seguem monitorando a atuação do Banco Central (BC), mas, segundo o diretor da Mirae Asset, Pablo Spyer, a possibilidade de uma nova intervenção por meio de contratos de swap cambial, que equivalem a venda de dólar no futuro, é reduzida. “Só haverá um novo leilão se o dólar oscilar no vazio, sem corresponder ao mercado internacional. Se a divisa estivesse caindo no mundo todo e, no Brasil, subindo, por exemplo”, afirmou. O presidente do BC, Roberto Campos Neto, disse, na terça-feira, que está tranquilo em relação ao câmbio.
Na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), o Ibovespa, principal indicador do pregão, teve alta de 1,34%, alcançando 116.518 pontos, puxado pelo desempenho das ações da Petrobras, que, após o encerramento dos negócios, anunciou lucro líquido recorde, de R$ 40,1 bilhões. As ações preferenciais da estatal subiram 2,69% e as ordinárias, 1,97%. Também contribuiu para o bom desempenho da B3 o clima econômico favorável no exterior, onde as principais bolsas avançaram, respondendo às notícias de que o governo da China vai adotar medidas de estímulo à economia, afetada pelo coronavírus.