Entre as principais ameaças ou riscos para os investimentos na América Latina, as companhias consultadas revelaram que a instabilidade política é a principal. Argentina, Chile e Venezuela são citados como exemplos do problema.
Em segundo lugar está a desaceleração econômica, seguida pela instabilidade jurídica. Em menor nível de importância está a infraestrutura deficiente, onde o Brasil é citado, ao lado da Costa Rica.
Em segundo lugar está a desaceleração econômica, seguida pela instabilidade jurídica. Em menor nível de importância está a infraestrutura deficiente, onde o Brasil é citado, ao lado da Costa Rica.
Apesar disso, o Brasil está entre os países onde as empresas espanholas pretendem aumentar seu investimento neste ano. Em 2019, o país foi o terceiro com maior presença de companhias espanholas, com 57% das empresas consultadas. Perde apenas para México, com 82% e Colômbia e Peru, empatados em segundo com 62%. Cuba e Paraguai ocuparam as últimas colocações, com 10%.
O acordo comercial entre União Europeia e Mercosul — concluído em nível diplomático, mas ainda pendente de ratificação pelos governos — foi visto como positivo por 93% das companhias. O mercado interno na América Latina foi apontado por 77% das empresas como maior vantagem competitiva para os investimentos em 2020.
No entanto, a percentagem de empresas que projetaram um 2020 desfavorável para os negócios na Ibero-América é o mais alto dos últimos cinco anos. Delas, 65% disseram que aumentarão os investimentos na região. Em 2019, a percentagem era de 76%. Outras 32% manterão os investimentos como estão e 3% disseram que diminuirão.
De acordo com o vice-presidente de Relações Externas da IE Business School, Gonzalo Garland, isso pode ser explicado pelo fato de que questionários-base para o estudo foram feitos antes do acordo comercial entre Estados Unidos e China e as eleições de dezembro no Reino Unido.
O estudo traz contribuições de jornalistas latino-americanos, que falam de seus respectivos países. Representando o Brasil, o editor-executivo do Correio Braziliense, Vicente Nunes, ressaltou que as perspectivas econômicas do país são muito favoráveis. Ele cita as privatizações, o controle da inflação e as reformas estruturais como pontos positivos para atrair investimentos. Além disso, destaca que o Brasil possui um mercado de consumo de mais de 150 milhões de pessoas e uma democracia sólida.
*Estagiário sob a supervisão de Odail Figueiredo
Avaliação
Qual é sua visão/análise da situação econômica
geral para 2020 nos seguintes países?
(Escala de zero a cinco)
1 Colômbia 3,75
2 Peru 3,65
3 Panamá 3,62
4 Costa Rica 3,61
5 República Dominicana 3,55
6 Uruguai 3,40
7 México 3,27
8 Brasil 3,17
9 Chile 3,06
Fonte: IE Business School