Os juros futuros encerraram a sessão desta segunda-feira em direções opostas, em um dia de liquidez fraca por causa do feriado do Dia do Presidente, nos Estados Unidos. Enquanto a ponta curta renovou a mÃnima histórica com a percepção de atividade mais fraca no Brasil e no mundo, a parte mais longa teve influência do dólar, que voltou a subir após duas sessões em queda.
A taxa do Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 caiu de 4,230% na sexta-feira para 4,220% (regular) e 4,210% (estendida, mÃnima histórica). Também em novo piso histórico, o DI para janeiro de 2022 passou de 4,730% para 4,710% (regular e estendida). O contrato para janeiro de 2023 recuou de 5,270% para 5,260% (regular e estendida). O janeiro 2025 ficou estável em 5,970% (regular) e cedeu para 5,960% (estendida). E o janeiro 2027 subiu de 6,330% para 6,370% (regular) e 6,350% (estendida).
O feriado americano secou a liquidez nas mesas de operação nesta segunda-feira. O contrato para janeiro de 2021 teve 192,4 mil contratos negociados. Para efeito comparativo, na segunda-feira passada, mesmo com o caos provocado pelas chuvas na cidade de São Paulo, houve 325 mil negócios.
"O mercado hoje está sem muita ação, sem liquidez. Houve de manhã uma melhora dos preços dos ativos locais, o que ajuda na queda das taxas curtas", destacou o economista-chefe da Guide Investimentos, João Mauricio Rosal.
Ainda assim, de acordo com Rosal, o mercado voltou a olhar para as projeções econômicas na ponta curta. Pela manhã, o Relatório Focus, elaborado pelo Banco Central, mostrou que a projeção para alta do Produto Interno Bruto (PIB) de 2020 passou de 2,30% na semana passada para 2,23%, a de Selic no fim deste ano permaneceu em 4,25% e a de IPCA foi de 3,25% para 3,22%.