Economia

Sem leilão do BC, dólar sobe com pano de fundo de cautela sobre PIBs

O dólar opera em alta nesta segunda-feira, 17, após duas quedas seguidas na esteira da venda de US$ 2 bilhões em swap cambial na quinta e sexta-feiras passadas. Sem novo leilão de swap no mercado futuro programado para hoje e com a liquidez mais fraca em meio ao feriado nos Estados Unidos, onde os mercados financeiros ficam fechados, os agentes financeiros ajustam posições. Um operador disse que há um reforço das compras defensivas em meio ao pessimismo com o impacto do coronavírus na atividade econômica brasileira e mundial. No exterior, o dólar está misto ante divisas principais e emergentes ligadas a commodities. Como consequência da cautela, na pesquisa Focus, divulgada mais cedo, os economistas do mercado financeiro reduziram a projeção de crescimento da economia brasileira em 2020, de 2,30% para 2,23%; baixaram a mediana para o IPCA neste ano de alta de 3,25% para 3,22%, ante 3,56% um mês atrás; reduziram as estimativas para a balança comercial neste ano de superávit comercial de US$ 36,40 bilhões para US$ 35,42 bilhões. Para a Selic, projetam manutenção em 4,25% ao ano até fevereiro de 2021 e, para o câmbio no fim do ano, mantiveram a taxa estimada em R$ 4,10. Às 9h43 desta segunda-feira, o dólar à vista subia 0,31%, a R$ 4,3138. O dólar futuro para março avançava 0,36%, a R$ 4,3160. Mais cedo, foi informado que o Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) desacelerou a 0,36% na segunda quadrissemana de fevereiro, de 0,51% na leitura anterior.