A consultoria Agroconsult espera um aumento de 5,9% da produção de soja no Brasil para 2020, conforme previsão apresentada ontem no 14° Encontro de Previsão de Safra, em Brasília. De 119 milhões de toneladas do ano passado, a expectativa é de que se chegue a 126 milhões de tonelada neste ano. No caso do milho, espera-se uma ligeira redução — de 103 milhões de toneladas em 2019 para 101 milhões em 2020.
“É uma safra muito boa, maior que a do ano passado. Marca um início de safra no Brasil muito bom. Ainda temos uma safra de milho para se estabelecer, que também tem uma expectativa boa. Mas é uma safra que está sendo plantada agora”, disse Marcos Rubin, analista da Agroconsult.
Sobre o cenário da exportação tendo em vista a epidemia de coronavirus, Rubin disse que não se sabe ainda quais poderão ser os efeitos. Diretor-geral da Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), Sérgio Mendes disse que existe uma preocupação, mas que ainda não foi sentido nenhum efeito negativo. “O coronavírus é uma preocupação que todos têm. Por enquanto, não sentimos impacto. Nossa operação é toda automatizada. Por enquanto, está no nível de preocupação”, disse.
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, minimizou a situação da epidemia. “A gente tem que ter muita calma para não colocar como um problema maior do que é. É um problema ter morrido gente, eles estão buscando uma solução. Mas a China vai parar de comer?”, questionou. A ministra disse que foi gerado um pânico em torno da situação, mas que é preciso observar o tamanho da população chinesa. “A China tem 1,3 bilhão de pessoas. Eles fecharam a província onde começou (o vírus), tem um número grande de pessoas infectadas e mortas. Mas se colocar isso na proporção do tamanho da pulação chinesa, é nada”, afirmou.