A alta da dívida pública federal, que pela primeira vez na história fechou o ano acima dos R$ 4 trilhões, foi puxada sobretudo pela dívida interna brasileira, que passou de R$ 3,73 trilhões para R$ 4,08 trilhões em 2019. A dívida externa também cresceu, só que em ritmo menor. Segundo o Tesouro Nacional, o endividamento do governo brasileiro no exterior subiu de R$ 148,2 bilhões para R$ 165,7 bilhões.
O relatório da dívida pública, divulgado pelo Tesouro Nacional, credita esse aumento à emissão líquida de ações e à apropriação positiva de juros. E ressalta que o valor registrado em 2019 está dentro das projeções do governo, que esperava ter um endividamento entre R$ 4,1 trilhão e R$ 4,3 trilhões no ano passado.
O secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, ainda disse que essa alta nominal não significa que a dívida continua em uma trajetória inteiramente negativa. Ele afirma que, ao que tudo indica, a dívida pública está ocupando uma parcela menor do PIB. "No cenário do Tesouro, não vemos mais uma dívida de 80% do PIB", afirmou, lembrando que essa participação da dívida no PIB será confirmada pelo Banco Central na próxima sexta-feira (31/1).