Há pelo menos cinco anos, entidades representativas da categoria reclamam da falta de concursos para repor os mais de 10 mil servidores que se aposentaram desde 2017. Só em 2019, foram 6,3 mil -- 17 por dia, em média. O quadro atual conta com 22,5 mil funcionários.
A autarquia alega que a análise dos pedidos tem diminuído com o aumento da produtividade dos servidores, incentivados com bônus por trabalho extra, e pela digitalização do sistema. No ano passado, 1 milhão de benefícios foram concedidos automaticamente, sem necessidade da participação de funcionários.
O governo anunciou, em 14 de janeiro, medidas para conter a fila do INSS. As estratégias incluem reforçar o quadro de pessoal com até 7 mil militares da reserva e diminuir a burocracia nas agências. O custo será de R$ 87 milhões ao longo dos seis meses de duração da força-tarefa — R$ 14,5 milhões por mês, pelas estimativas do Ministério da Economia.
Outras alternativas têm sido estudadas, como a contratação de ex-servidores do INSS, que já têm experiência na área. Mas, como esse tipo de contrato não está previsto em lei, o governo precisaria editar uma medida provisória ou um projeto de lei para autorizá-la. No caso dos militares, já existe previsão legal.