Chefe do Departamento de Estatísticas do Banco Central, Fernando Rocha explicou que o resultado de 2019 - o pior dos últimos três anos - é um reflexo da depreciação cambial. Ele lembrou que o dólar estava cotado a R$ 3,66 em 2018, mas fechou 2019 beirando os R$ 4, com uma cotação média de R$ 3.95. "Houve uma depreciação de 7,9%. Isso torna mais caros os gastos de brasileiros no exterior e contribui com a redução dessas despesas", afirmou.
Rocha ainda admitiu que esse cenário pode se acentuar neste ano caso o dólar siga uma trajetória de alta: hoje, a moeda americana está próxima de R$ 4,20, por conta do surto do coronavírus, que derrubou bolsas mundo afora.
A alta do dólar, por outro lado, poderia baratear as viagens de estrangeiros ao Brasil, trazendo mais dólares ao mercado doméstico. Essa hipótese, porém, não se consolidou em 2019. Ainda de acordo com os dados divulgados nesta segunda-feira pelo Banco Central, os gastos dos estrangeiros no Brasil ficaram praticamente estáveis no ano passado, em US$ 5,9 bilhões.