Economia

Dólar recua de olho em alívio externo com coronavírus, fluxo e BNDES

O dólar opera com baixa moderada no mercado doméstico nesta quarta-feira, 22, e conduz os ajustes dos juros futuros. Investidores precificam a desvalorização da moeda americana ante outras divisas emergentes no exterior em meio a um alívio após declarações de autoridades, como o presidente americano Donald Trump, de que o surto de coronavírus iniciado na China está sob controle. No câmbio, os agentes financeiros também realizam parte de ganhos recentes. Nesta terça-feira, 21, o dólar subiu 0,39%, a R$ 4,2050 - no maior nível desde 3 de dezembro e com alta acumulada de quase 5% no ano. O fluxo cambial pode ajudar ainda na queda, com possível continuidade de ingressos de captações corporativas recentes. E o início, nesta quarta, de reunião do BNDES com investidores para vender as ações com direito a voto (ordinárias) que detém da Petrobras, num total estimado de cerca de R$ 22,7 bilhões, no Brasil e na Bolsa de Nova York, também é pano de fundo. Em Davos, na Suíça, Trump disse nesta quarta que pretende buscar um acordo comercial com a União Europeia (UE), após um acordo de "fase 1" com a China e o USMCA - como é conhecido o novo pacto comercial da América do Norte. Ele ameaçou impor tarifas "muito altas" a carros e outros produtos da UE se os dois lados não chegarem a um acerto. Trump também afirmou que os EUA já começaram a negociar um acordo com o Reino Unido e disse que nos próximos 90 dias o governo americano adotará um corte de juros "bem grande" para a classe média. Mais cedo, o secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, disse, também em Davos, que não há prazos para que os EUA fechem a segunda fase de um acordo comercial com a China. Às 9h24, o dólar à vista caía 0,11%, a R$ 4,2004. O dólar futuro de fevereiro recuava 0,31%, a R$ 4,2020.