Até quando vão duvidar do BNDES?
Mais uma vez, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) saiu ileso de uma devassa em suas atividades. Ontem, divulgou-se que o banco gastou R$ 48 milhões com uma auditoria que prometia desvendar a caixa-preta das operações relacionadas ao grupo J&F, que controla a JBS. Nenhuma irregularidade, porém, foi encontrada. Não é de agora que a direção do BNDES promete revelar o submundo do banco. Em 2017, o economista Paulo Rabello de Castro, recém-empossado presidente da instituição, promoveu uma varredura nos contratos, mas as investigações não descobriram nada. Rabello de Castro tem uma teoria para explicar a ausência de fraudes. Ele diz que, para um projeto ser aprovado, deve antes ser submetido a dezenas de técnicos especializados. Seria preciso, portanto, que todos estivessem envolvidos nos malfeitos, o que parece pouco provável. Muitos desses técnicos trabalham há décadas na instituição.
A artimanha dos usineiros para obter alívio tributário
Os usineiros do Nordeste ganharam o apoio do presidente da República na defesa pela venda direta do biocombustível ao posto revendedor. O caso é curioso. Por que os usineiros não abrem suas próprias distribuidoras? Difícil não é. Basta fazer o pedido à ANP, desde que a usina tenha qualificação jurídica e fiscal, capital de R$ 4,5 milhões e capacidade de armazenagem de 750 m3. Como a situação fiscal de muitas dessas usinas é grave, há quem diga que os usineiros estão atrás de alívio tributário.
Pesquisa da Philip Morris revela os anseios dos fumantes
A Philip Morris apresentou no Fórum Econômico Mundial, em Davos, o estudo “Unsmoke your mind”. A pesquisa independente, realizada pela consultoria Povaddo em 14 países — entre eles o Brasil —, traz dados interessantes. Para 80% dos brasileiros entrevistados, adultos fumantes deveriam ter acesso e informações precisas sobre melhores alternativas ao cigarro tradicional e 89% concordam que, ao criar regulamentações, os governos deveriam levar em conta novas descobertas científicas.
Empresário argentino inveja nova era liberal brasileira
Não tem sido fácil fazer negócios na Argentina. Sócio e diretor-geral da Elcor, uma das maiores fabricantes de manteiga da Argentina, o empresário Gustavo Piazza relata o seu drama. “Vivo à mercê dos sindicatos, que impõem normas e regras absurdas, e preciso submeter minha empresa a uma série de regulamentações do governo que não fazem o menor sentido”, afirma. Ele diz invejar o novo cenário econômico brasileiro. “Vocês estão entrando numa nova era liberal, e nós estamos muito longe disso.”
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fusões e aquisições foram realizadas no Brasil em 2019, segundo dados da consultoria KPMG. A marca recordista é um sinal do vigor renovado da economia brasileira
rAPIDINHAS
» A Boeing continua sua saga para encontrar um alívio para os prejuízos causados pela queda de duas aeronaves 737 Max. A empresa negocia com bancos dos Estados Unidos empréstimos que podem chegar a US$ 10 bilhões. Há forte interesse dos americanos em socorrer a empresa. Estima-se que a crise financeira da Boeing possa reduzir em 0,50% o PIB do país.
»A Pi, plataforma digital do grupo Santander, diz ter lançado um produto inédito no país: o taxômetro da indústria de fundos de investimentos. Segundo o indicador, os investidores brasileiros poderiam ter economizado, no ano passado, R$ 6 bilhões em taxas se tivessem aderido aos serviços da corretora Pi, que devolve parte das tarifas cobradas por meio de seu programa de pontos.
»A Friboi inaugurou há alguns dias, em Aparecida de Goiânia (GO), o seu 12º Centro de Distribuição no Brasil. Segundo a empresa, o CD tem capacidade para distribuir 2,1 mil toneladas por mês, atendendo140 cidades de Goiás, além do Distrito Federal. O valor do investimento não foi revelado.
»A Generali, gigante global de gestão de ativos e seguros, foi eleita umas das “100 empresas mais sustentáveis do mundo em 2020”, segundo ranking da publicação canadense Corporate Knights. Até 2021, a Generali planeja investir 4,5 bilhões de euros em projetos sustentáveis.