O Ãndice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alcançou média de 181,7 pontos em dezembro de 2019, aumento de 4,4 pontos (2,5%) ante novembro. Foi a terceira alta seguida, e o Ãndice alcançou o maior valor desde dezembro de 2014.
Para o ano de 2019 como um todo, o Ãndice ficou em 171,5 pontos, 1,8% a mais do que em 2018 e substancialmente abaixo do pico de 230 pontos registrado em 2011.
O subÃndice de preços dos Cereais registrou média de 164,3 pontos em dezembro, alta de 2,2 pontos frente ao mês anterior (1,4%). O avanço ocorreu principalmente pelo maior preço internacional do trigo em decorrência da demanda da China e problemas logÃsticos na França. No acumulado de 2019, o subÃndice recuou 0,9 ponto, para 164,4 pontos, em decorrência das boas condições de oferta.
O levantamento mensal da FAO também apontou que o subÃndice de preços dos Óleos Vegetais registrou média de 164,7 pontos em dezembro, aumento de 14,1 pontos (9,4%) em comparação com novembro. É o maior nÃvel em 25 meses. O principal responsável pelo avanço foi o óleo de palma. Apesar dos ganhos a partir de novembro, o subÃndice ficou com média de 135,2 pontos em 2019, 8,9 pontos a menos do que em 2018 e menor média anual desde 2006.
O subÃndice de preços de LaticÃnios, por sua vez, registrou média de 198,9 pontos em dezembro, aumento de 3,3%, ou 6,3 pontos, na comparação com novembro. As cotações de queijo foram as que mais subiram, em quase 8%, após três meses de queda. Para 2019, o subÃndice teve média de quase 199 pontos, 5,8 pontos (3,0%) acima de 2018.
Na sondagem mensal da FAO, o subÃndice de preços das Carnes apresentou média de 191,6 pontos em dezembro, praticamente estável ante o mês anterior. O segmento está 29 pontos - ou 18% - acima do mesmo mês de 2018, embora 20 pontos abaixo do pico alcançado em agosto de 2014. No acumulado de 2019, o subÃndice subiu 9,5 pontos (5,7%) ante 2018, para 175,8 pontos. A carne suÃna foi a que registrou maior aumento anual, seguida pela bovina e de frango.
A organização calculou, ainda, que o subÃndice de preços do Açúcar ficou, em média, em 190,3 pontos em dezembro, alta de 8,7 pontos (4,8%) em relação a novembro. É a terceira alta mensal consecutiva. O avanço se deve ao preço do petróleo, que estimulou usinas brasileiras a usarem mais cana-de-açúcar para produzir etanol em vez do adoçante. No acumulado do ano, preços do açúcar subiram 1,6% ante 2018, com a oferta mais restrita.