As bolsas da Europa fecharam o pregão desta terça-feira, 7, sem direção única. Investidores ponderam riscos geopolÃticos com a tensão no Oriente Médio e a falta de notÃcias sobre os desdobramentos do ataque americano contra no Iraque, que culminou com a morte do general iraniano Qassim Suleimani. Dúvidas em relação à data de assinatura do acordo comercial preliminar entre Estados Unidos e China trouxeram cautela ao mercado, que também observou as declarações do governo chinês sobre o aumento de importações de grãos dos EUA.
O Ãndice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,25%, a 417,67 pontos.
Na Bolsa de Londres, o Ãndice FTSE 100 fechou em queda de 0,02%, a 7.573,85 pontos. Destaque para ações do Barclays, que tiveram valorização de 1,19%, e da BP, que apresentaram queda de 1,05%. Já o Ãndice DAX, da Bolsa de Frankfurt, fechou em alta de 0,76%, aos 13.226,83 pontos. Destaque para ações do Deutsche Bank, em alta de 3,47%.
O mercado acionário do Velho Continente ensaiou um dia de alta nas primeiras horas após a abertura, com uma sensação de certo alÃvio nas tensões geopolÃticas no Oriente Médio, sem novas notÃcias significativas. Mas o quadro foi se revertendo, com informações sobre o comércio internacional trazendo dúvidas sobre a assinatura do acordo "fase 1" entre EUA e China.
O vice-ministro de Agricultura da China, Han Jun, afirmou que Pequim não elevará sua cota anual de importação de grãos dos EUA. Mais tarde, o jornal chinês Global Times informou por fontes que ainda não está clara uma data especÃfica para a cerimônia de assinatura do acordo nos EUA.
No inÃcio da tarde (de BrasÃlia), o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, concedeu entrevista coletiva afirmando que o Irã nunca terá arma nuclear, que os EUA não permitirão que isso aconteça, e que há evidências de havia um ataque iminente sendo preparado pelas forças lideradas por Suleimani contra americanos. Pompeo acrescentou que os EUA continuarão a luta contra terroristas, mas que todas as ações tomadas estarão dentro das regras internacionais de guerra.
No cenário geopolÃtico europeu, os investidores acompanharam com mau humor a formação de um governo de coalizão de esquerda na Espanha com liderança do primeiro-ministro socialista Pedro Sánchez.
Em relatório enviado a clientes, o Morgan Stanley avalia que o governo espanhol deve tentar "acomodar uma agenda social mais forte, talvez com tributação de renda mais progressiva e alterações na legislação trabalhista", com salário mÃnimo subindo e impostos corporativos mais altos, "o que pode afetar negativamente o investimento, com possÃveis consequências para a economia no médio a longo prazo".
O Ãndice Ibex 35, da Bolsa de Madri, fechou em queda de 0,22%, a 9.579,80 pontos.
O Ãndice PSI 20, da Bolsa de Lisboa, acompanhou movimento de queda e fechou na mÃnima do dia, em queda de 0,11%, a 5.230,07 pontos. Em Paris, o Ãndice CAC 40 também fechou com recuo de 0,02%, aos 6.012,35 pontos.
Em Milão, o Ãndice FTSE MIB registrou alta de 0,60%, aos 23.723,38 pontos.