O governo federal avalia uma série de medidas emergenciais e definitivas para conter a alta de combustível em razão do cenário político internacional. Em razão da escalada de conflitos entre Estados Unidos e Irã, o preço do barril de petróleo bateu U$ 70 nesta segunda-feira (6/1).
O temor do governo é que o valor chegue a U$ 80 ou U$ 90. O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, se encontrou com o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Petrobras, Roberto Castelo Branco para avaliar o cenário atual.
Albuquerque evitou falar na criação de subsídio para os combustíveis ou na aplicação de novos impostos. No entanto, admitiu que essas medidas estão sendo avaliadas. "Tudo isso está sendo considerado. A palavra subsídio não é adequada. Uma compensação seria melhor. Temos que avaliar hoje que o Brasil é um exportador de petróleo. E se ele exporta, o aumento do valor do barril pode ser bom. Mas por outro lado, se aumenta o preço do combustível não é", disse.
O ministro destacou que as medidas estão sendo avaliadas há dois meses, por conta dos ataques que ocorreram contra refinarias na Arábia Saudita. "Não é só um mecanismo que está sendo avaliado. Não sei se será com imposto. Certamente não iremos para esse caminho para não onerar mais ainda", completou.
O presidente Jair Bolsonaro afirmou que não vai haver interferência do governo na política de preços da Petrobras. "Não vai haver interferência estatal. Isso já está descartado", disse o chefe do Executivo. Uma medida analisada, segundo ele, é uma redução no valor do ICMS cobrado pelos estados no preço do combustível. Mas isso depende de uma negociação com os governadores.