Economia

MERCADO S/A - Amauri Segalla

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Inovação 1: Brasil é o terceiro maior criador de unicórnios

O Brasil se tornou um celeiro de unicórnios, como são chamadas as startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão. Em 2019, cinco empresas brasileiras se enquadraram na categoria: Ebanx, Gympass, Loggi, QuintoAndar e Wildlife. Com isso, o Brasil fechou o ano como o terceiro país com o maior número de novos unicórnios, atrás de Estados Unidos (78) e China (22), empatado co m a Alemanha (também 5) e à frente de Reino Unido (4) e Israel (4). Os dados levantados pelo site especializado em tecnologia Crunchbase mostram um aspecto louvável dos empreendedores brasileiros. Eles estão entre os mais inovadores do mundo, criando empresas que se desenvolvem rapidamente e crescem a ponto de atrair a atenção internacional. Não à toa, o mercado brasileiro de startups tem atraído uma avalanche de investimentos estrangeiros. Apenas em 2019, o japonês SoftBank fez aportes em oito startups brasileiras, sendo que três delas (Loggi, QuintoAndar e Gympass) se tornaram unicórnios.

Inovação 2: unicórnios captaram menos recursos no mundo

O levantamento realizado pelo site Crunchbase concluiu que 142 empresas se tornaram unicórnios em 2019. Juntas, elas receberam US$ 85,1 bilhões em investimentos, bem menos do que os US$ 139 bilhões captados em 2018. Há duas explicações possíveis para a redução dos valores. A primeira delas é óbvia: faltaram projetos interessantes para atrair a atenção dos investidores. A segunda razão pode estar associada a um certo marasmo econômico na Europa e nos países asiáticos.

A espetacular fuga de Ghosn

O ex-presidente da Renault-Nissan Carlos Ghosn sempre foi um executivo ousado. Como chefe da montadora, o brasileiro ficou marcado pela intransigência com subordinados e pela obsessão em vencer os concorrentes a qualquer custo. Mas poucos conheciam seu lado aventureiro. Ghosn fugiu da prisão domiciliar no Japão escondido em uma caixa de instrumentos musicais, contratou jatos particulares e driblou as polícias fronteiriças para se refugiar no Líbano. Parece
história de cinema.


RAPIDINHAS

» Os produtores brasileiros de bananas estão preocupados com o surto de um fungo que tem devastado lavouras na Colômbia. A praga entra na planta pela raiz, sufocando-a ao bloquear o acesso à água e aos nutrientes, e é espalhada principalmente pelo calçado das pessoas, ferramentas e veículos que entram nas plantações.

» A Colômbia mobilizou o Exército e está treinando os funcionários das fazendas para adotarem um protocolo que evita a propagação da doença, como a higienização de sapatos e veículos. Como terceiro maior produtor mundial de bananas, o Brasil precisa ficar atento. Na Colômbia, os prejuízos causados pelo fungo chegaram a US$ 50 milhões.

» A bolsa foi o melhor investimento de 2019 no Brasil, mas algumas empresas superaram com folga o desempenho médio do mercado. O índice Small Cap (SMLL), que reúne ações de companhias de menor capitalização, subiu 58,2% no ano passado. É mais do que o Ibovespa, o principal índice de ações do país, que avançou 31,6%.

» Entre as empresas que compõem o índice de Small Caps, a melhor performance foi a do Banco Pan. Suas ações dispararam 451% no ano passado. Também merecem destaque a empresa de saúde Qualicorp (alta de 243%), a companhia de energia Eneva (171% de valorização) e o grupo Via Varejo (154%), dono das marcas Casas Bahia e Ponto Frio.



“Estamos vivendo uma era positiva no Brasil, com taxas de juros baixas e uma agenda de reformas que aborda os problemas estruturais do país. Nesse cenário, o investimento e o consumo privados serão os impulsionadores do crescimento”

José Olympio Pereira, presidente do banco Credit Suisse no Brasil




A força de Wall Street

As previsões sombrias sobre a economia americana e o mercado de capitais do país não se confirmaram – muito pelo contrário. Nos últimos 10 anos, as ações negociadas em Wall Street subiram 187%. No mesmo período, o índice Stoxx, que mede os papéis vendidos na zona do Euro, avançou 64%. Segundo especialistas, a diferença entre os índices dos Estados Unidos e da Europa se deve à escassez de ações de empresas de tecnologia, responsáveis pelas maiores altas do mercado de capitais no mundo.



US$ 1 mil

é o novo limite de compras em free shops para os brasileiros que voltam de viagens no exterior. Assinada em outubro pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, a medida entrou em vigor ontem