Jornal Correio Braziliense

Economia

Venda pelas redes sociais

Depois de trabalhar por mais de 10 anos como gerente do departamento de crédito e cobrança de uma companhia, Vanessa Correia, 42, se viu desempregada. A empresa foi atingida pela recessão econômica que afligiu o país e precisou cortar gastos, em 2013, passando a demitir. Vanessa começou a empreender impulsionada pela falta de expectativa em encontrar um novo emprego formal, devido aos índices de desemprego durante a crise. ;Como o mercado de trabalho em Brasília é bastante enxuto e eu tinha algumas dívidas, não podia ficar desempregada. O negócio de vender roupas me ajudou a driblar a situação;, relata. ;Ficar parada não dá, mas, também, não adianta abrir algo que não gosta ou que não sabe fazer;, explica.

Antes mesmo de ser desligada, Vanessa começou a procurar outra forma de obter renda. Formada em administração, a empresária revela que, em 2014, já era ;livre e autônoma;. Foi na venda de itens do vestuário feminino, como vestidos, saias e blusas, que encontrou renda e ocupação. No entanto, a loja on-line Bellas Charme não foi um sucesso de primeira: antes de cativar mais de 9 mil seguidores nas redes sociais, Vanessa teve de sair de porta em porta oferecendo seus produtos.

Antes de se estabilizar, a loja precisou de empréstimos bancários e familiares. Mas Vanessa conseguiu superar o pouco capital. Este ano, abriu a tão sonhada loja física, graças ao auxílio de crédito de um fundo de investimento. Agora, as vendas são realizadas pessoalmente e via postagens no Instagram, por meio de atendimento domiciliar. ;Tinha a necessidade de um espaço para atender àqueles que querem experimentar as roupas;, diz. Segundo a empresária, apostar no negócio faz parte da trajetória.(CL)