Em mais uma sessão de recorde histórico da Bolsa brasileira e de alívio do dólar, os juros futuros tiveram baixa em toda a curva. Sem drivers e com liquidez menor por causa das festas de fim de ano, houve espaço para a devolução de prêmios nos contratos e movimentos técnicos. Entre operadores, a expectativa repousa sobre a agenda de amanhã, quando saem o IGP-M, a taxa de desemprego e o resultado do governo central.
A taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2021 fechou a sessão regular a 4,590% e a estendida em 4,580% (mínima), de 4,620% no ajuste de segunda-feira, e a do DI para janeiro de 2023 fechou com taxa de 5,860% (regular e estendida), de 5,920% no ajuste anterior. O DI para janeiro de 2025 terminou com taxa de 6,510% (regular) e 6,500% (estendida), de 6,570% no ajuste de segunda-feira, e a do DI para janeiro de 2027 caiu de 6,930% no ajuste do pregão passado para 6,850% na regular e 6,840% na estendida.
O viés de queda foi preponderante desde a abertura dos negócios, realçando os movimentos nos mercados de ações e de câmbio. No caso do dólar, em especial, o recuo da cotação ante o real levou para baixo as taxas mais longas do DI.
Nesta sessão, o Ibovespa rompeu os 117 mil pontos e renovou mais uma máxima histórica de fechamento. O dólar caiu a R$ 4,06, embora tenha tocado pela manhã o nível de R$ 4,04. No exterior, o dia foi de alívio nas taxas, com os juros dos Treasuries em queda em toda a curva.
"Há um movimento de ajuste nos juros, de devolução dos prêmios de risco ao que está acontecendo nos outros mercados (Bolsa e dólar)", comentou o economista e operador de renda fixa da Nova Futura, André Alírio. "Há um movimento de queda na curva, uma percepção, de fato, mais otimista. De alguma forma, o mercado está desenhando fechar o ano em uma configuração mais 'pró-Brasil'."