O índice mede o grau de concentração de renda em um grupo, apontando a diferença entre os rendimentos dos mais pobres e os dos mais ricos. Ele varia de 0 a 1. Quanto maior o número, maior a desigualdade.
O economista Daniel Duque, um dos responsáveis pelo estudo, aponta que, dos cinco estados que ficaram mais desiguais nos últimos cinco anos, todos são nordestinos. Nesse ponto, os últimos anos foram mais cruéis na Paraíba, no Maranhão e em Alagoas.
Desempregado e tendo de pedir esmolas em um cruzamento de Maceió (AL), Gilson dos Santos, de 38 anos, pede comida para os três filhos enquanto espera por um milagre. Antes da crise, ele chegou a investir os poucos recursos que tinha na compra de uma bicicleta e de produtos para vender lanches na rua. Veio a recessão e ele perdeu tudo. "O desemprego era tão alto que os clientes sumiram."
O avanço da desigualdade reflete a falta de trabalho formal, que afetou a renda das famílias. Nos últimos cinco anos, só 2 dos 27 estados, mais o Distrito Federal, não ficaram mais desiguais - Sergipe e Pernambuco, que já tinham índices elevados. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.