Jornal Correio Braziliense

Economia

Juros acompanham sinal do dólar e oscilam em baixa

As taxas de juros negociadas no mercado futuro operam em leve baixa nesta primeira hora de negociação, sobretudo nos vencimentos intermediários e longos, em sintonia com o movimento de queda do dólar. A expectativa nas mesas de negociação é de uma sessão de negócios marcada por liquidez reduzida e oscilações contidas, devido à proximidade do feriado de Natal e à agenda de indicadores escassa. Às 10h27, o contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2021 tinha taxa de 4,61%, ante 4,63% do ajuste de sexta-feira. A taxa do DI para liquidação em janeiro de 2023 projetava 5,94%, de 5,97% do ajuste anterior. Na ponta longa, o DI para liquidação em janeiro de 2025 tinha a taxa reduzida de 6,64% na sexta-feira para 6,60% hoje. No período da manhã, o destaque fica por conta do anúncio da China de que cortará tarifas de importação sobre carne de porco congelada, farmacêuticos e alguns componentes de alta tecnologia a partir de 1º de janeiro. A medida é adotada na relação comercial com no momento em que Pequim e Washington tentam concluir a fase 1 do acordo comercial bilateral. O gigante asiático reduzirá tarifas para todos os parceiros comerciais sobre mais de 859 tipos de produtos para abaixo das taxas garantidas às nações menos favorecidas, afirmou o Ministério das Finanças nesta segunda-feira. Apesar da notícia positiva, os mercados internacionais seguem direções diversas. Os juros dos Treasuries caem neste início de dia, embora com pouco impulso, devido à liquidez reduzida típica desta época do ano. Os retornos dos bônus têm sido pressionados para baixo em algumas sessões recentes, em um quadro de maior apetite por risco com o anúncio do acordo fase 1 no comércio entre Estados Unidos e China. Na agenda doméstica, um dos poucos destaques fica por conta do Boletim Focus do Banco Central, divulgado há pouco. Segundo o documento, a estimativa para o IPCA de 2019 foi elevado de 3,86% para 3,98%. Para 2020 e 2021, o mercado manteve as estimativas em 3,60% e 3,75%, respectivamente. Para a taxa Selic, os analistas mantiveram a expectativa de 4,50% ao final de 2020 e aumentaram a estimativa para 2021, de 6,13% para 6,25%. Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), a estimativa para 2019 subiu de 1,12% para 1,16% e, para 2020, de 2,25% para 2,28%.