Jornal Correio Braziliense

Economia

Mercado S/A

O setor vive um momento positivo, principalmente com a chegada de estrangeiras de baixo custo

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Liberalismo à moda brasileira


O liberalismo brasileiro é curioso. Os empresários defendem a redução do tamanho do Estado e o livre-mercado, mas não são poucos os que se agarram a subsídios e reclamam quando aparecem rivais que possam ameaçá-los. Ontem, depois de o governo revelar que pretende atrair 40 companhias aéreas estrangeiras para o mercado brasileiro, o vice-presidente de marketing de uma empresa nacional disparou mensagens por WhatsApp conclamando os integrantes do grupo a se unirem ;contra esse absurdo que irá destruir as companhias aéreas brasileiras.; Atualmente, os voos no Brasil estão concentrados em três empresas: Azul, Gol e Latam. A escassez de concorrentes é ruim para os passageiros, que pagam caro pelos bilhetes e recebem, muitas vezes, serviços ineficientes. Nunca é demais lembrar: o setor vive um momento positivo, principalmente com a agenda de concessões de aeroportos e a chegada de estrangeiras de baixo custo. Não é hora, portanto, de defender reserva de mercado.


  • 82% dos empresários

    esperam que, em 2019, as vendas de
    Natal e fim de ano sejam iguais ou maiores
    do que em 2018. A pesquisa realizada pela
    Boa Vista reforça o otimismo com a
    retomada sólida da economia




Samsung detém 74% das vendas de celulares com tecnologia 5G

Um estudo realizado pela consultoria britânica IHS Markit mostra que a Apple terá dificuldades no mercado 5G. Segundo a pesquisa, a Samsung lidera com folga a venda de celulares com essa tecnologia, respondendo por 74% das vendas. Uma das razões é a boa infraestrutura 5G na Coreia do Sul, país de origem da Samsung. Outro motivo é a diversificação de aparelhos da fabricante, que já conta com cinco modelos diferentes de smartphones 5G no mercado.


Combustíveis 1:
O calote de R$ 1,1 bilhão

O caminho aberto pelo STF para criminalizar a sonegação de ICMS, em decisão que deve ser ratificada amanhã, escancara calotes bilionários que estavam passando despercebidos. Um exemplo é o caso da Diamante, distribuidora de etanol hidratado do estado de São Paulo. Desde maio, a empresa recorre de um auto de infração que determina o pagamento de R$ 1,1 bilhão em ICMS à Fazenda paulista. Desse montante, cerca de R$ 600 milhões são referentes ao imposto devido e R$ 500 milhões equivalem a multas.


Combustíveis 2:
Distribuidora de etanol repassa operação

Com sua operação comprometida pelos enroscos com a Justiça, a distribuidora Diamante tomou uma medida inusitada: transferiu sua carteira de clientes para a Noroeste, outra distribuidora enrolada com a lei e que desde agosto de 2019 passou a operar como Eirelli, modalidade fiscal em que o objetivo principal é a separação dos bens da empresa e os bens pessoais de seu titular. Os malabarismos levam a uma inevitável pergunta: quem vai pagar a conta de
R$ 1,1 bilhão com o governo de São Paulo?





Rapidinhas

  • Ao contrário do que previam muitos analistas, a economia chinesa não perdeu fôlego. Em novembro, a produção industrial do país cresceu 6,2% ante o mesmo mês do ano passado, acima dos 5% esperados pelo mercado. No varejo, os dados também são positivos. As vendas do setor subiram 8% em novembro, mais do que os 7,6% projetados.

  • É ótimo para o Brasil que a economia chinesa continue crescendo em ritmo forte. A China, não custa lembrar, é o principal destino das exportações brasileiras e o país que mais investe
    no setor de infraestrutura nacional, especialmente nas áreas de geração e transmissão de energia, portos e ferrovias.

  • A Comissão Europeia ratificou ontem a compra da Avon pela Natura, destacando que o negócio não afetará a concorrência no Velho Continente. Segundo a comissão, a união das operações das duas empresas resultará em aumento ;moderado; de participação de mercado. A Natura comprou a Avon em maio, dando origem a um negócio avaliado em US$ 11 bilhões.

  • A revista americana Forbes divulgou o tradicional ranking com as mulheres mais poderosas do mundo. Pela nona vez consecutiva, a chanceler alemã, Angela Merkel, lidera a lista, à frente de Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, e de Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos.