[FOTO1]O presidente Jair Bolsonaro reconheceu, na tarde desta segunda-feira (16/12), que o preço dos combustíveis está alto no país. Uma das saídas apontadas por ele é a quebra do monopólio da Petrobras. O discurso ocorreu após encontro com o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas.
"Estamos fazendo o possível para baratear o preço do combustível, reconhecemos que está alto no Brasil", afirmou o presidente, emendando que a equipe econômica tem trabalhado para tentar encontrar uma solução.
"Lá na refinaria o preço está lá embaixo, ele cresce e fica alto (para o consumidor) por causa de impostos estaduais, ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) basicamente, e, depois, o monopólio existe na questão da distribuição e nós estamos buscando quebrar esse monopólio para diminuir o preço. Só com a concorrência ele pode diminuir;, apontou.
O chefe do Executivo disse ainda que a equipe econômica tem trabalhado buscando soluções para o barateamento dessa energia, com o estímulo aos investimentos no setor. "Preço médio do diesel na refinaria (é de) R$ 2,26, e, aí, tem impostos estaduais, municipais também, custo da logística, da distribuição, tem o lucro do posto;, ponderou.
Bolsonaro disse ainda que estuda uma proposta para que as usinas possam vender diretamente aos postos de combustível.
"Tem caminhões de transporte que andam 400km para entregar etanol a 1km da usina, isso é um absurdo. Tem gente que é contra porque há interesses de grupos econômicos no Brasil. Não é fácil buscar solução para tudo, mas estamos fazendo o possível. (Com) um pouco de colaboração por parte de outros setores da sociedade, em especial o político, dá para resolver esse assunto;, ressaltou.
Sobre a paralisação dos caminhoneiros, o ministro Tarcísio descartou a possibilidade. "Eu acho que sim (que está descartada greve esse ano), observe que hoje era o dia de início, não está tendo nada nas estradas. Não houve nenhum ponto de bloqueio porque há um grande respeito nosso com os caminhoneiros e um respeito muito grande dos caminhoneiros com relação a gente. Conseguimos estabelecer um diálogo, ele sabe que tem as portas abertas e a cada dia nós temos soluções novas", concluiu o ministro.