A S reafirmou o rating BB- do Brasil, mas alterou a perspectiva, de estável para positiva. A agência diz que o governo continua a implementar medidas de consolidação voltadas para reduzir o "ainda grande déficit fiscal" do País. "Isso, junto com taxas de juros mais baixos e a gradual implementação de uma agenda de reforma devem contribuir para um crescimento e perspectivas de investimento um pouco mais forte ao longo dos próximos três anos, contanto que prossiga uma melhora gradual nos resultados fiscais", diz a agência.
A S diz que a perspectiva positiva reflete a perspectiva de uma elevação no rating nos próximos dois anos, se houver mais progressos na agenda fiscal e de crescimento do governo, que permitam a redução mais rápida dos déficits fiscais e a estabilização da dinâmica da dívida.
Também pode haver elevação no rating se o crescimento econômico começar a se comparar de modo mais favorável com os pares de nível similar de desenvolvimento econômico, diz a S. Outra alternativa seria se o perfil externo do Brasil se fortalecer mais, apesar da volatilidade global, "particularmente se ele mantiver uma posição de credor externa contida nos próximos dois anos".
Por outro lado, acontecimentos políticos ou econômicos que minem a aprovação e a implementação de reformas adicionais nos próximos dois anos, prejudiquem a perspectiva para a queda de déficits do governo e as tendências de estabilização da dívida, bem como limitem as perspectivas de crescimento no médio prazo, poderiam levar a uma revisão na perspectiva para a estável, complementa a agência.