[FOTO1]A expectativa de que a economia vai melhorar em 2020 é partilhada por 49% da população. É o que aponta a pesquisa Avaliação das políticas do governo e perspectivas, feita pelo Ibope Inteligência a pedido da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O levantamento, divulgado nesta quarta-feira (11/12), foi feito com 2 mil entrevistados em 127 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais, ou menos.
A outra metade da população, cerca de 48%, está menos confiante em relação ao crescimento econômico. 24% acredita que vai ficar igual e 24% vai piorar. 3% dos entrevistados não souberam responder. A reforma da Previdência, polêmica, mas tida como imprescindível pelo governo para o equilíbrio das contas públicas, tem a aprovação de 52% da população, contra 43% contrários.
O retrato da reforma previdenciária é uma tônica de outras concordâncias com políticas do governo. A aproximação da gestão Bolsonaro com os Estados Unidos é apoiada por 54%, acima dos 37% que não aprovam. As privatizações e concessões em infraestrutura tem o apoiamento de 57%, abaixo da aprovação da lei da liberdade econômica e do pacote anticrime do ministro da Justiça, Sérgio Moro, que têm, ambos, o apreço de 62% da população.
Destaques
Mesmo a medida de redução de impostos e do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para a contratação de jovens para o primeiro emprego, a chamada modalidade trabalhista Verde e Amarela, tem a concordância de 74% dos entrevistados. O aumento da jornada de trabalho dos bancários de seis para oitos horas é apoiado por 68%.
Os principais destaques são a criação da carteirinha de estudante digital e da liberação de recursos do FGtS para os trabalhadores, políticas apoiadas por 88% da sociedade. A manutenção da inflação dentro do centro da meta é aprovada por 78% da nação. Já a criação do 13; benefício do Bolsa Família e a permissão para abertura de agências bancárias aos sábados têm a concordância de 76%.
Problemas
Apesar do otimismo da maioria dos brasileiros e de elevados índices de concordância com as políticas governistas, o temor em relação à geração de empregos e à condução de demais políticas públicas é relevante. Apenas 30% dos entrevistados acreditam que o desemprego vai reduzir. 24% acreditam que a saúde e o segurança pública e o combate à violência vai melhorar. 23% preveem melhora na educação. E 16% projetam o aprimoramento do combate à corrupção.