Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsas de NY fecham em leve baixa, com negociações EUA-China no radar

As bolsas de Nova York oscilaram entre ganhos e perdas ao longo do pregão desta terça-feira, 10, com investidores atentos sobretudo ao noticiário das negociações comerciais entre Estados Unidos e China. Além disso, foi monitorada a assinatura do acordo entre EUA, Canadá e México (USMCA, na sigla em inglês) e havia expectativa pela decisão do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que sai nesta quarta-feira, 11. O índice Dow Jones fechou em queda de 0,10%, em 27.881,72 pontos, o Nasdaq recuou 0,07%, a 8.616,18 pontos, e o S 500 teve baixa de 0,11%, a 3.132,52 pontos. A agência Dow Jones Newswires informou, a partir de fontes, que negociadores americanos e chineses avaliam a possibilidade de adiar a elevação de tarifas americanas sobre produtos da China prevista para entrar em vigor neste domingo. Já o diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, Larry Kudlow, disse que as tarifas "ainda estão sobre a mesa", mas que o tema era parte das negociações em andamento para a "fase 1" do acordo comercial bilateral. As bolsas americanas chegaram a ganhar força, após a notícia de que o Partido Democrata na Câmara dos Representantes e o governo do presidente Donald Trump chegaram a um acordo para aprovar o USMCA. Na Cidade do México, representantes dos três países firmaram uma versão revisada da iniciativa. Mais para o fim do dia, contudo, o mercado acionário americano mostrou viés negativo. Entre algumas ações em foco, Netflix recuou 3,10%, após a Needham rebaixar a qualificação do papel para "underperform", prevendo que o serviço perderá milhões de assinantes nos EUA em 2020. Entre outros papéis importantes, Apple subiu 0,58%, no setor de tecnologia, mas no industrial a Boeing recuou 0,94%. Os bancos subiram na maioria, com Citigroup em alta de 0,60% e Morgan Stanley, de 0,14%, mas Wells Fargo foi na contramão e recuou 0,43%. Nesta quarta-feira, há expectativa pela decisão do Fed. Um sinal de que pode haver relaxamento monetário mais à frente nos EUA poderia apoiar as ações, mas a expectativa dos analistas em geral é de que o Fed mantenha os juros agora e não relaxe a política monetária tão cedo em 2020. / COM INFORMAÇÕES DA DOW JONES NEWSWIRES