Jornal Correio Braziliense

Economia

Juros oscilam perto da estabilidade com mercado em compasso de espera

As taxas de juros negociadas no mercado futuro oscilam próximas da estabilidade na manhã desta segunda-feira, 9, com leve viés de alta na ponta curta, em meio ao compasso de espera dos investidores pelas reuniões de política monetária dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos, que na quarta-feira decidem sobre as taxas básicas de juros. Um dos destaques da manhã é o Boletim Focus do Banco Central, que mostrou elevação das estimativas para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2019, de 0,99% para 1,10%, e também para 2020, que subiu de 2,22% para 2,24%. O documento do Banco Central também mostrou aumento nas estimativas para o IPCA de 2019, de 3,52% para 3,84%. Para 2020, no entanto, a projeção manteve-se inalterada na semana passada, em 3,60%. Para a taxa Selic, também não houve alteração nas projeções, que mantiveram-se em 4,50% para este e o próximo ano. Houve alteração nas projeções da taxa básica em 2021, passando de 6,00% para 6,25%. Outro dado divulgado neste início de dia foi o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI) de novembro, que mostrou inflação de 0,85%, ante 0,55% em outubro. A taxa ficou acima da mediana das estimativas colhidas pelo Projeções Broadcast, de 0,76%. Na última semana, o IPCA do mês passado ficou em 0,51% e também excedeu a mediana, que era de 0,47%. A taxa acima do estimado não impediu a redução dos prêmios, embora a precificação para a reunião do Copom de fevereiro, mas a precificação para a Selic em fevereiro continuou a indicar corte de 10 pontos-base, numa evidência da divisão de apostas entre a manutenção da taxa e um corte de 25 pontos. Às 9h42, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2021 tinha taxa de 4,620%, ante 4,599% do ajuste de sexta-feira. O vencimento de janeiro de 2023 tinha taxa de 5,74%, de 5,72%. Na ponta mais longa, o DI para janeiro de 2025 projetava 6,35%, a mesma do ajuste anterior e o de janeiro de 2027 apontava 6,69%, ante 6,70%.