Jornal Correio Braziliense

Economia

Bolsas da Europa fecham em alta com foco em payroll e comércio global

As bolsas da Europa fecharam em alta nesta sexta-feira, 6, com mercados voltados para sinalizações positivas sobre a guerra comercial entre americanos e chineses. Investidores reagiram principalmente à divulgação do relatório de empregos (payroll) dos Estados Unidos, que surpreendeu positivamente analistas. Também hoje a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) decidiu aumentar os cortes na produção da commodity em 500 mil barris por dia, ajudando a elevar as ações do setor negociadas em bolsas. O índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 1,16%, a 407,35 pontos. Na semana, houve queda de 0,02%. Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 encerrou o pregão em alta de 1,43%, a 7.239,66 pontos. Na comparação semanal, houve queda de 1,45%. Destaques para ações da BP que valorizaram 1,67%. Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,86%, a 13.166,58 pontos. As ações do Deutsche Bank subiram 1,21% e as da Volkswagen valorizaram 0,95%. Na comparação semanal, a Bolsa de Frankfurt apresentou queda de 0,53%. Outro assunto que movimentou os mercados acionários hoje foi a divulgação, pelo Departamento do Trabalho dos EUA, sobre a criação de vagas no país. Em novembro, foram criados 266 mil empregos, resultado bem acima da mediana das previsões de analistas consultados pelo Projeções Broadcast. A taxa de desemprego caiu de 3,6% em outubro para 3,5% em novembro, atingindo o menor nível em 50 anos. O salário médio por hora dos trabalhadores também aumentou 0,25% em novembro ante outubro. "O mercado de trabalho é uma indicação importante da saúde de uma economia", afirma Joshua Tadbir, analista da Wells Fargo. "A folha de pagamento dos EUA provou ser uma surpresa, que poderia fornecer um impulso de curto prazo para o dólar na próxima semana", avalia. Os mercados também reagiram positivamente a sinalizações de avanço nas negociações entre EUA e China. O diretor do Conselho Econômico Nacional dos Estados Unidos, Larry Kudlow, afirmou que acordo comercial "fase 1" com a China "está muito próximo", e que as conversas têm sido, "boas", "intensas" e "quase diárias", avançando na direção certa. Em entrevista à rede CNBC, Kudlow afirmou ainda que "não há prazos arbitrários" para um eventual acordo bilateral, mas a data de 15 de dezembro "é importante". Esse é o dia em que entra em vigor a nova alta de tarifas americanas sobre produtos chineses. Mais cedo, o Ministério de Finanças da China informou que o país vai isentar de tarifas de parte da soja, da carne de porco e de outras commodities importadas dos EUA. Os dados positivos dos EUA jogaram para segundo plano a produção industrial da Alemanha, que caiu 1,7% de setembro para outubro, contra as expectativas de elevação de 0,2% no período. Na comparação com outubro do ano passado, o recuo foi de 5,3%. Na Bolsa de Paris, o índice CAC 40 subiu 1,21%, a 5.871,91 pontos. Na comparação semanal houve queda de 0,56%. O índice FTSE MIB, da Bolsa de Milão, avançou 0,93%, com 23.182,72 pontos. Na comparação semanal houve recuo de 0,33%. Em Madri, o índice Ibex 35 fechou em alta de 1,51% a 9.382,70 pontos. Na comparação semanal houve avanço de 0,33%. Em Lisboa, o PSI 20 subiu 0,86%, a 5.172,86 pontos. Na comparação semanal também houve avanço de 0,89%.