O custo da cesta básica aumentou em nove capitais brasileiras das 17 pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), nos dois últimos meses. A alta foi puxada pela carne, que teve recordes nos preços. Nas outras sete cidades pesquisadas, houve queda.
Florianópolis lidera o ranking de alta. Na capital catarinense, a cesta subiu 7,89%, passando a custar R$ 478,68. Logo atrás vêm São Paulo (R$ 465,81), Vitória (R$ 462,06) e Rio de Janeiro (R$ 455,37). Os menores valores foram observados em Aracaju (R$ 325,40) e Salvador (R$ 341,45). Por razões técnicas, não foi calculado o valor em Brasília.
O levantamento do Dieese também calcula o tempo médio necessário para comprar os produtos da cesta básica. Com o salário mínimo em R$ 998,00, em novembro, era preciso trabalhar 89 horas e 10 minutos e, em outubro, 88 horas e 39 minutos. O trabalhador comprometeu 44,05% da renda na aquisição dos produtos de primeira necessidade.
Em novembro, para se alimentar com carne, leite, feijão, arroz, legumes e frutas, uma família de quatro pessoas precisou desembolsar R$ 4.021,39, ou 4,03 vezes o mínimo de R$ 998,00. Em outubro o valor correspondeu a R$ 3.978,63, ou 3,99 vezes o mínimo vigente.