O dólar engatou a quarta queda consecutiva e fechou o dia na menor cotação desde o dia 13 de novembro. A moeda americana caiu 0,34%, para R$ 4,1882. O movimento foi influenciado pelo enfraquecimento do dólar no exterior, em meio à perspectiva de que avancem as conversas dos Estados Unidos com a China até o dia 15, quando novas tarifas devem entrar em vigor. Na parte da tarde, o Ibovespa foi a 111 mil pontos e operadores reportaram entradas de recursos para a Bolsa, movimento oposto do observado pela manhã, quando houve operação grande de saída de capital. O dólar não fechava abaixo do patamar psicológico de R$ 4,20 desde o dia 22 de novembro.
Na parte da manhã, traders destacam que uma operação de saída de capital pressionou, levando o dólar a R$ 4,22. O responsável pela área de câmbio da Terra Investimentos, Vanei Nagen, disse que a pressão durou até a definição do referencial Ptax (que é usado como base em contratos cambiais), possivelmente por conta de a operação ser liquidada nesta taxa. Em seguida, o real passou a acompanhar outras moedas emergentes.
O gerente de tesouraria do Travelex Bank, Felipe Pellegrini, ressalta que, na falta de notícias mais significativas, o dólar oscilou na sessão de hoje por causa de questões técnicas - como fluxo de remessas de companhias ao exterior - e, na parte da tarde, ao sabor da variação das divisas globais. "Na falta de alguma notícia mais forte, o Brasil câmbio acabou flutuando à reboque do exterior."
Nesta quinta-feira, 5, a moeda americana chegou a tocar pontualmente em R$ 4,17 no início da tarde. Enquanto o Ibovespa batia em 111 mil pontos, o Credit Suisse divulgou relatório em que vê chance de o rating soberano do Brasil ser elevado em 2020, em meio ao avanço das reformas fiscais e do maior crescimento da economia. O banco suíço projeta avanço de 2,5% para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no ano que vem e 2,7% em 2021.