[FOTO1]Os Estados Unidos imporão tarifas sobre as importações de aço e alumínio procedentes de Brasil e Argentina, anunciou, nesta segunda-feira (2/12), o presidente Donald Trump. "Brasil e Argentina desvalorizaram fortemente suas moedas, o que não é bom para nossos agricultores", tuitou. "Portanto, com vigência imediata, restabelecerei as tarifas de todo aço e alumínio enviados aos Estados Unidos por esses países".
.....Reserve should likewise act so that countries, of which there are many, no longer take advantage of our strong dollar by further devaluing their currencies. This makes it very hard for our manufactures & farmers to fairly export their goods. Lower Rates & Loosen - Fed!
%u2014 Donald J. Trump (@realDonaldTrump)
Neste contexto, Trump afirmou que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) precisa agir para que muitos países "não tirem mais vantagem" da força do dólar para "desvalorizar ainda mais suas moedas". "Isso torna muito difícil para nossos fabricantes e produtores agrícolas exportarem seus bens de forma justa", disse Trump, em sua conta oficial no Twitter, apelando mais uma vez ao Fed que reduza taxas de juros e relaxe sua política monetária.
No ano passado, Trump anunciou tarifas globais de 25% para o aço e 10% para o alumínio, mas em março concordou em suspendê-las para a Argentina e o Brasil, além de vários outros países inicialmente incluídos. Referenciando essas tarifas em um tuíte subsequente, o presidente americano afirmou que os mercados dos Estados Unidos tinha subiram "em até 21%" desde então. Apesar disso, o aço americano continuou sofrendo com o declínio geral do emprego e a produção parou nos altos-fornos no mês passado.
Ao deixar o Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro comentou, nesta segunda-feira, que, "se for o caso", conversará com Trump sobre a medida. "Vou conversar com Paulo Guedes. Se for o caso ligo para o Trump Tenho um canal aberto com ele", disse. "Converso com Paulo Guedes e depois dou a resposta. Para não ter de recuar, tá ok?", completou Bolsonaro. A proximidade com Trump é frequentemente apontada pelo governo brasileiro como uma conquista da gestão Bolsonaro. (Com agências)