;O CDS cai, comparativamente, mas o investidor não está olhando só isso e o que ele entende como risco está se refletindo no câmbio neste momento;, explicou a economista Juliana Inhasz, professora do Insper. ;O principal ponto relevante que está sendo considerado para essa volatilidade do dólar é que os países da América Latina atravessa um momento de muita instabilidade e a economia brasileira não está conseguindo crescer;, destacou ela.
;O cenário de câmbio está muito turbulento e não vejo muita melhora pra frente. Os riscos do cenário internacional permanecem, com desaceleração mundial esperada para 2020, eleição conturbada nos Estados Unidos e possível recessão acontecendo por lá;, destacou o economista-chefe da MB Associados, Sergio Vale. Para ele, a tendência é que o câmbio continue volátil. ;Por aqui, os riscos políticos se somam à economia ainda fraca e ruídos que aconteceram ao longo das últimas semanas, como o fracasso da cessão onerosa, os efeitos da soltura do Lula e agora as falas do ministro da Economia, Paulo Guedes;, explicou.
Na avaliação da economista Julia Gottilieb, do Itaú Unibanco, nos últimos dias, houve um descolamento dos fundamentos do mercado de câmbio. ;A percepção de frustração com a cessão onerosa e o cenário conturbado na América Latina tem ajudado a desvalorizar o real e a tendência é que o câmbio continuará volátil nos próximos dias;, destacou.