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País precisa aumentar velocidade de geração de empregos

O Brasil criou, em outubro, 70.852 empregos com carteira assinada, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem. Foi o sétimo avanço consecutivo do indicador. No acumulado dos 10 primeiros meses de 2019, surgiram 841.589 postos formais, o melhor resultado desde 2014. Os números apresentados acima são bons? Sim e não. Fechar o mês com saldo no azul é importante, claro, mas o ritmo de geração de vagas foi menor do que o projetado pelos analistas, que esperavam algo entre 75 mil e 80 mil novos empregos. Tão vital quanto continuar a agenda de reformas e melhorar o ambiente de negócios do país é tornar o mercado de trabalho mais dinâmico. Por enquanto, a economia brasileira não tem sido capaz de dar uma resposta rápida para os 12,5 milhões de desempregados. É responsabilidade do governo apresentar ideias para mudar esse cenário. Elas, porém, ainda não vieram.

Rapidinhas
Estudo realizado pela suíça Syngenta, uma das líderes globais em defensivos agrícolas, descobriu o horário certo para a aplicação de herbicidas. Os pesquisadores cultivaram em laboratório lotes de uma erva daninha, simulando os ciclos do nascer e pôr do sol, e aplicaram herbicidas em diferentes horários.

Depois de 10 meses de testes, verificou-se que os herbicidas eram mais facilmente absorvidos pelas plantas ao amanhecer. ;A pesquisa sugere que, no futuro, poderemos refinar a aplicação de produtos químicos usados na agricultura, aproveitando o relógio biológico das plantas;, disse Anthony Dodd, cientista que liderou o estudo.

Desde 2011, a guerra civil na Síria matou meio milhão de pessoas e reduziu o PIB em 60%. Mas, na agricultura, o país vai bem. Relatório da ONU mostrou que a produção de trigo em 2019 será de 2,2 milhões de toneladas, o dobro do volume obtido no ano passado. Tréguas nos combates permitiram que agricultores ampliassem as áreas produtivas.

Apontada como uma das empresas mais inovadoras do mundo, a americana WeWork, de escritórios compartilhados, tem enfrentado uma série de problemas, do adiamento da abertura de capital à acusação de fraudes contábeis. A crise é feia. Ontem, a empresa anunciou a demissão de 2,4 mil funcionários.

47%
dos sites governamentais do Brasil (com o domínio .gov) são inseguros, segundo estudo realizado pela provedora DigiCert. Isso porque eles não têm certificados digitais que bloqueiam o ataque de hackers. Ou seja: milhões de informações privadas estão sujeitas a investidas dos criminosos


Magalu e Marisa assinam parceria

Empresa de melhor desempenho na bolsa brasileira nesta década, o Magazine Luiza resolveu dividir suas boas práticas com outras companhias. A partir de dezembro, o Magalu vai vender smartphones e acessórios em mais de 300 lojas da rede de moda feminina Marisa. Caberá ao Magazine Luiza toda a estratégia comercial da operação, a oferta de produtos e até a contratação e gestão dos colaboradores. Segundo a Marisa, a iniciativa deverá atrair mais clientes para as lojas.

São Paulo recebe ônibus elétricos da chinesa BYD


A montadora chinesa BYD entregou, nesta semana, uma frota de quinze ônibus elétricos para a Transwolf, operadora do transporte público de São Paulo. Segundo a empresa, cada veículo possui 250 km de autonomia, o que permite que rode durante o dia e seja recarregado à noite. Projeções mostram que ônibus desse tipo deixam de emitir 110 toneladas de CO2 por ano. Os chassis da BYD são montados na fábrica de Campinas, no interior paulista.


Alto custo das baterias atrasa expansão de veículos elétricos

Se os ônibus elétricos poluem menos e têm boa autonomia, por que são raros nos ambientes urbanos? A resposta é dinheiro. Veículos desse tipo custam o dobro de um modelo convencional, o que se deve principalmente ao preço elevado das baterias. A boa notícia é que os valores caíram nos últimos anos. Desde 2015, estima-se que os preços das baterias de ferro e lítio encolheram 40%. Ainda é pouco para tornar os elétricos acessíveis, mas a inovação tecnológica deve eliminar essa barreira.

;Precisamos ter a certeza de que novas companhias possam entrar no mercado. Para isso, é necessário que os governos protejam e garantam a competitividade;


Paul Romer,
ex-economista chefe do Banco Mundial, professor da Universidade
de Nova York e Prêmio Nobel de Economia em 2018