As bolsas de Nova York fecharam em baixa nesta quarta-feira, após relato de que a "fase 1" de um possível acordo comercial entre os Estados Unidos e a China pode não ser concluída até o final de 2019. Pressionou os mercados acionários, também, notícia de que a China condenou a legislação aprovada pelos EUA que apoia os manifestantes em Hong Kong. Investidores repercutiram, ainda, a ata da mais recente reunião do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), que mostrou que, para a maioria dos dirigentes, a política monetária dos Estados Unidos está "bem calibrada".
O índice Dow Jones terminou o dia em queda de 0,40%, aos 27.821,09 pontos. O S 500 recuou 0,38%, aos 3.108,46 pontos, e o Nasdaq perdeu 0,51%, para 8.526,73 pontos.
Os mercados acionários nova-iorquinos ampliaram as perdas após a Reuters noticiar que o acordo comercial entre as duas maiores economias do mundo pode não ser finalizado neste ano. Nem mesmo uma resposta contrária do porta-voz da Casa Branca ajudou no humor: em comentário à Fox Business, Judd Deere disse que as negociações comerciais entre os EUA e a China continuam e que estão sendo feitos progressos no texto do acordo da primeira fase.
Outro fator que pesou foi a aprovação, pelo Senado americano, de projeto de lei condenando a repressão aos manifestantes de Hong Kong, o que foi alvo de críticas de autoridades chinesas.
A informação desta quarta foi mais um revés sentido pelo mercado financeiro, que tem sofrido recentemente com comentários conflituosos. Na terça, Trump disse estar "muito feliz" com as negociações comerciais em andamento com Pequim, mas lembrou que poderia elevar as tarifas sobre importações chinesas se os dois lados não conseguirem fechar um acordo comercial preliminar. Em 15 de dezembro, vence o prazo para que entrem em vigor as novas alíquotas. Nesta quarta, Trump voltou a dizer que continua a dialogar com a China e que Pequim está interessado em fazer um acordo, mas não deu detalhes.
Os investidores digeriram também a ata da última reunião de política monetária do Fed em meio a perspectiva de que o banco central não deve cortar novamente os juros em dezembro. "Os mercados agora não esperam nenhuma ação do Fed até o terceiro trimestre de 2020, mas não estamos prontos para descartar uma flexibilização no início do próximo ano, se o crescimento no quarto trimestre for próximo de zero", aponta a Pantheon Macroeconomics. / Com informações da Dow Jones Newswires