Os números são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No acumulado do ano, o índice avançou 2,60%. O valor está abaixo da meta do governo para a inflação de 2019, que é de 4,25%, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Já na variação em 12 meses, o índice mostra expansão de 2,54%, ante os 2,89% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores a setembro.
Flavio Serrano, economista-chefe do Haitong Banco de Investimentos, explicou que, embora o resultado tenha sido positivo para a economia, as taxas mensais do IPCA ;não dizem muita coisa;. ;Mostra a ideia de uma inflação confortável. Mas o importante é o comportamento, a trajetória de 12 meses. É essa combinação do passado somada à expectativa pro futuro que define a política de juros do Brasil;, disse.
Serrano destacou que o ideal é que o índice esteja sempre alinhado como a meta de inflação, nem acima e nem abaixo. ;Dentro da meta, a economia trabalha no seu potencial. Então, além de a economia estar se recuperando após um processo de acomodação, nós vivemos muitos anos com inflação muito alta e agora estamos compensando isso. Mas o ideal é ela na meta;, reforçou.
O avanço do IPCA foi contido por três dos nove grupos pesquisados. O destaque ficou para para o recuo de 0,61% em habitação, com contribuição de 0,10 ponto percentual na taxa geral. Depois de cair 0,43% em setembro, o grupo alimentação e bebidas, registrou ligeira alta 0,05%, contribuindo com 0,01 ponto.
Já entre as taxas positivas, vestuário apresentou o maior crescimento, com 0,63%. Em seguida veio transportes, com alta de 0,45%, e saúde e cuidados pessoais, com 0,40%.
Sem sobressalto
Maioria dos grupos pesquisados mostra pouca variação de preçosGrupo ; Set/2019 ; Out/2019
Alimentação e bebidas ; -0,43% ; 0,05%
Habitaçã ; 0,02% ; -0,61%
Artigos de Residência ; -0,76% ; -0,09%
Vestuário ; 0,27% ; 0,63%
Transportes ; 0,00% ; 0,45%
Despesas Pessoais ; 0,04% ; 0,20%
Saúde e Cuidados Pessoais ; 0,58% ; 0,40%
Educação ; 0,04% ; 0,03%
Comunicação ; -0,01% ; -0,01%