A tarifa de energia elétrica recuou 3,22% em outubro, item de maior impacto negativo sobre a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no mês, o equivalente a -0,13 ponto porcentual, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
À exceção de Salvador (0,86%) e Vitória (2,24%), todas as demais áreas registraram recuo nos preços, desde uma queda de 0,26% no Recife até uma redução de 5,99% em Goiânia.
Em outubro, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, com cobrança extra de R$ 1,50 para cada 100 quilowatts-hora consumidos, em substituição à bandeira tarifária vermelha patamar 1 que vigorou em setembro, que cobrava R$ 4,00 a cada 100 quilowatts-hora consumidos.
Além disso, houve redução nas tarifas residenciais de uma das concessionárias de São Paulo. Brasília e Goiânia também tiveram diminuição nas tarifas.
Apesar da trégua em outubro, a tendência é de nova pressão da conta de luz sobre o orçamento das famílias em novembro.
"Agora em novembro mudou de novo, voltou a bandeira vermelha patamar 1, e com aumento na tarifa extra para R$ 4,16", lembrou Pedro Kislanov, gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do IBGE. "Muito provavelmente (a tarifa de energia elétrica) vai subir em novembro, por conta da mudança de bandeira", previu.
As famílias gastaram 0,61% menos com Habitação em outubro, a maior variação negativa entre os grupos pesquisados e também a principal contribuição para conter a inflação no mês, -0,10 ponto porcentual.
Houve aumento ainda na taxa de água e esgoto (0,52%) e no gás de botijão (0,74%). A Petrobras anunciou um reajuste entre 4,80% a 5,30% no preço do botijão de gás de 13 kg nas refinarias, a partir de 22 de outubro.