Jornal Correio Braziliense

Economia

Ipea: consumo de bens industriais sobe 0,5% em setembro ante agosto

O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais registrou alta de 0,5% em setembro ante agosto, anunciou nesta quinta-feira, 7, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). No terceiro trimestre fechado, o indicador registrou alta de 2,8% ante o segundo trimestre. Na comparação com setembro do ano passado, houve aumento de 4,3% na demanda por bens industriais, mas, no acumulado de 12 meses, o indicador ainda registra queda de 1,0%, informou o Ipea. O Indicador Ipea de Consumo Aparente de Bens Industriais é calculado a partir da produção industrial interna, excetuadas as exportações e acrescidas as importações. Na passagem de agosto para setembro, as importações puxaram a alta no consumo aparente. Enquanto a demanda por bens nacionais recuou 2,1%, as importações de bens industriais cresceram 10,3%. Essa composição marcou também o desempenho do terceiro trimestre - o consumo aparente de bens nacionais cresceu apenas 1,1% ante o segundo trimestre, diante de uma alta de 8,9% nos bens importados. Quando o indicador é desagregado por categorias econômicas, o movimento de alta em setembro foi puxado pelo segmento de bens de consumo semi e não duráveis, com alta de 1,9%. O consumo de bens de capital avançou 1,6%. Na contramão, o segmento de bens de consumo duráveis recuou 1,0% em setembro ante agosto. Já na comparação com setembro de 2018, o destaque foram os bens de capital, cujo consumo aparente saltou 14,3%. O consumo de bens semi e não duráveis avançou 6,2%, enquanto o consumo de bem duráveis recuou 1,3%. No desempenho do terceiro trimestre, o consumo de bens de capital também foi destaque, com alta de 2,5% na comparação com o segundo trimestre. Já na desagregação por classe de produção, o desempenho do terceiro trimestre foi marcado pela recuperação do consumo aparente dos bens na indústria extrativa, deixando para trás os efeitos negativos, na produção, do rompimento da barragem de rejeitos da Vale em Brumadinho (MG), em janeiro. O consumo de bens da indústria extrativa avançou 24,6% ante o segundo trimestre. Na indústria de transformação a alta foi mais modesta, de 1,8%. Contato: vinicius.neder@estadao.com