O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) jogou um pouco de água fria no mercado ao não indicar cortes adicionais de juros em 2020. A princípio, a última redução da taxa básica de juros (Selic) será em dezembro, de 0,5 ponto percentual, para 4,5% ao ano, conforme o cenário projetado para a inflação. A ata da última reunião do Comitê, responsável por fixar os juros básicos da economia, foi divulgada ontem.
No documento, o comitê reforçou que o corte na taxa de juros está baseado em um cenário de alta ociosidade da economia, inflação controlada e cenário externo favorável a economias emergentes. A Selic foi reduzida pela Copom de 5,5% para 5% ao ano, na semana passada. Até o momento é o menor percentual da taxa desde 1999, data de início do regime de metas para a inflação.
O atual estágio do ciclo econômico recomenda cautela para as decisões de 2020, em eventuais novos ajustes no grau de estímulo. ;O Copom reitera que a comunicação dessa avaliação não restringe suas próximas decisões e enfatiza que os passos seguintes da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação;, informou a ata.
O documento do BC estimou que as projeções de inflação estão em ;níveis confortáveis;, dentro do regime de metas. ;As estimativas e projeções de curto prazo indicam que a inflação acumulada em 12 meses ainda deve ter recuado em outubro, para níveis ao redor das mínimas observadas durante o regime de metas para a inflação, voltando a se elevar ao longo dos últimos meses do ano;, afirma a ata. A previsão do mercado para 2019 é de que a inflação fique em 3,29%; para 2020, a estimativa é de 3,6%.
* Estagiária sob supervisão de Odail Figueiredo