As bolsas de Nova York fecharam a terça-feira sem direção única, em dia marcado por mudanças no humor dos investidores em relação ao esperado acordo comercial entre Estados Unidos e China. Pela manhã, o otimismo dos mercados era sustentado por notícias de que governo dos EUA estava considerando retirar algumas tarifas de importação para os chineses. Mais tarde, no entanto, informações de fontes ligadas às negociações assinalavam que os chineses esperam compromissos "sólidos" dos Estados Unidos com relação à retirada dessas tarifas, o que diminuiu o apetite por risco. Mesmo assim, os índices Nasdaq e Dow Jones bateram recordes históricos de fechamento.
O Dow Jones fechou em alta de 0,11%, a 27.492,63 pontos, enquanto o S 500 caiu 0,12%, a 3.074,62 pontos. O Nasdaq oscilou entre perdas e ganhos bem próximo ao fechamento e encerrou o dia em leve alta de 0,02%, a 8.434,68 pontos. Os três índices ainda bateram recorde histórico intraday, com o Dow Jones em 27.560,36 pontos, o Nasdaq em 8.457,39 pontos e o S 500, em 3.083,95 pontos.
A valorização das ações da Boeing foi determinante para o novo recorde do índice Dow Jones. Os papéis subiram 2,05%, depois que o presidente do conselho de administração da gigante aérea, Dave Calhoun, disse que o conselho confia no executivo-chefe da companhia, Dennis Muilenburg, em meio a pedidos, no Congresso americano, para que o executivo renuncie após dois acidentes fatais com o modelo 737 MAX.
As especulações em torno das negociações China-EUA contribuíram para o vaivém das bolsas de Nova York nesta terça-feira. Primeiro houve um otimismo considerado por analistas como "infundado", após reportagem do Financial Times indicando que os EUA poderiam retirar tarifas sobre produtos chineses em dezembro. O apetite por risco também foi influenciado pelo índice de atividade de serviços dos EUA, medido pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês). A leitura de outubro foi acima do esperado ao subir a 54,7, contra expectativa de 53,5.
A situação se reverteu em parte quando uma fonte ouvida pelo South China Morning Post afirmou que Pequim busca compromissos mais "sólidos" de Washington em relação à remoção de tarifas. Sem essa iniciativa, uma visita aos EUA pelo presidente do país asiático, Xi Jinping, seria "politicamente difícil". / Com informações da Dow Jones Newswires