Jornal Correio Braziliense

Economia

Anatel vê demanda por banda larga subir

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) registra que a demanda por serviços de acesso à internet em banda larga é crescente no Brasil, pois a população cada vez mais depende do serviço e busca contratá-lo juunto às prestadoras de telecomunicações. De acordo com a entidade, as empresas de pequeno porte contratadas por meio de Parecerias Público-Privadas (PPP) oferecem os serviços em locais nos quais as grandes empresas não chegam, seja por possuírem baixas taxas de retorno de investimento ou pela distância dos grandes centros. Uma das vantagens, segundo a Anatel, é o atendimento personalizado aos clientes, com ofertas e preços mais adequados às diferentes realidades do Brasil.

A Anatel assegura que o Brasil não adota um conceito quantitativo para a banda larga, mas classifica como internet de alta velocidade o acesso superior a 64 Kbps, seja pela via fixa ou móvel. A fixa é fornecida pelo Serviço de Comunicação Multimídia (SCM) e a móvel, pelo Serviço Móvel Pessoal (SMP). De acordo com a Agência, é possível generalizar que a fixa é residencial (por cabo coaxial, fibra óptica, satélite ou rádio), enquanto a móvel é pessoal (tecnologias 3G e 4G do celular).

Pesquisa da Anatel mostra que, em agosto passado, o Brasil possuía 228.247.720 acessos do serviço móvel, sendo 185,4 milhões em 3G e 4G. O Distrito Federal tinha 4.361.673 entradas, sendo 3.916.788, por 3G ou 4G. O número de acessos é reportado pelas próprias prestadoras de serviço de telecomunicações, mensalmente, aos sistemas da Anatel.
A apuração é feita conforme a densidade dos serviços. Ou seja, a quantidade total de acessos informados divididos pela quantidade de domicílios estimados, segundo o IBGE. Atualmente, a densidade do serviço de banda larga fixa no Brasil é de 46,7 acessos para cada grupo de 100 domicílios. No Distrito Federal, é de 73,9 para cada grupo de 100.

As mudanças na regulamentação do serviço estimularam os assinantes a abandonarem os vários chips pré-pagos e adotarem uma única linha, com acesso à internet e com pagamento pós-pago ou controle. Dados da PNAD Contínua do IBGE reforçam essa tendência, já que houve aumento da utilização do celular para acesso à internet entre 2016 e 2017 (últimos anos pesquisados pelo IBGE).