A balança comercial brasileira ; saldo de importações e exportações ; somou US$ 35,257 bilhões, com queda de 11,3%, pela média diária. Apesar do superavit de US$ 1,206 bilhão em outubro, o valor foi 80,1% inferior ao do mesmo período de 2018, de US$ 5,792 bilhões, de acordo com os dados divulgados pelo Ministério da Economia. Embora positivo, esse é o pior resultado desde 2014 (-US$ 1,188 bilhão), motivado pela queda nas exportações. Em outubro, de acordo com o ministério, as exportações atingiram US$ 18,231 bilhões, com queda de 20,4%, em relação ao mesmo mês do ano passado, e de 11,2%, no confronto com setembro de 2019. E as importações totalizaram US$ 17,025 bilhões, com alta de 1,1% em relação a 2018, e decréscimo de 5,8%, em relação a setembro de 2019.
A queda nas cotações internacionais do petróleo bruto e o baixo crescimento da produção brasileira; a redução dos preços e a menor demanda dos Estados Unidos por manufaturados; aliada a menor procura da China por soja em grão contribuíram para o resultado. A menor procura dos argentinos por automóveis de passageiros e o encolhimento das vendas de minério de ferro também influenciaram as exportações brasileiras. Por outro lado, aumentaram as exportações principalmente de milho (U$S 488 milhões); carne bovina (US$ 187 milhões); algodão (US$ 134 milhões) e carne suína (US$ 40 milhões); destaca o relatório.
Sem prejuízo
O mal-estar causado pela decisão do presidente Jair Bolsonaro de não ir a posse do recém-eleito Alberto Fernández, na Argentina, no entanto, não deve prejudicar os negócios entre os dois países. ;O comércio é uma questão de privados. A economia tem um nível de relação que não vai deixar de existir;, destacou Herlon Brandão, subsecretário de Inteligência e Estatística de Comércio Exterior.
Para o Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), o último trimestre do ano começou aprofundando a tendência de encolhimento do superavit da balança comercial e ;a contar pelo resultado de outubro, nossas vendas externas podem ter um fim de ano ainda mais desfavorável do que vinham apresentando;. No acumulado do ano, o saldo comercial teve avanço de US$ 34,823 bilhões, valor 27,4% inferior ao de igual período de 2018 (US$ 47,528 bilhões). As exportações foram de US$ 185,437 bilhões, com queda de 7,7% em relação ao ano passado (US$ 198,980). E as importações somaram US$ 150,614 bilhões, com retração de 1,5% sobre o mesmo período do ano anterior (US$ 151,452 bilhões).