A redução das taxas de juros para crédito imobiliário, anunciada pela Caixa Econômica Federal na quarta-feira, que levou a taxa máxima de 9,5% para 8,5% ao ano, e a mínima de 7,5% para 6,75% ao ano pode diminuir em mais de R$ 100 mil o valor pago pelo financiamento. A medida começa a valer para contratos assinados a partir de 6 de novembro.
O presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), Eduardo Aroeira, fez algumas simulações para o Correio. Pelos cálculos dele, em um financiamento de R$ 1 milhão, pelo prazo de 360 meses, o valor final cairia de R$ 2.370.271,93 para R$ 2.231.279,55 com a nova taxa máxima de 8,5%. A economia seria de R$ 138.992,38. A mesma situação levando em conta a taxa mínima, redução que seria de R$ 105.915,34.
O presidente diz que essa é uma notícia excelente para o mercado, pois as menores taxas de juros representam prestações menores para o consumidor, e isso pode ajudar mais pessoas a adquirirem a própria casa. ;A redução de taxas de juros só pode ser enxergada como boa notícia, e há uma disputa feroz entre os bancos por um mercado que muito tempo ficou parado;, disse. Para Aroeira, esses R$100 mil, que representam mais de 10% do valor inicial, poderão ser usados em novos investimentos, como melhorias no imóvel pretendido, ou para cobrir os gastos do dia a dia.
Em outra simulação, Rogério Oliveira, diretor comercial da Quadraimob disse que pela linha de crédito com correção da Taxa Referencial (TR), um apartamento de R$ 1 milhão, com um contrato de financiamento de 240 meses geraria uma economia de cerca de R$ 859,55 por mês para o cliente.
;Quando a prestação é menor, isso permite que uma pessoa que até ontem não conseguia alcançar esse financiamento, agora pode. Mais pessoas vão poder entrar no rol das que têm a condição de financiar um imóvel;, disse.
* Estagiário sob supervisão de Rozane Oliveira