Jornal Correio Braziliense

Economia

Leilão deverá ocorrer no 2º semestre de 2020

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Investir em infraestrutura e, particularmente, em redes e fibra faz parte da estratégia da empresa de se posicionar de forma adequada para a chegada da quinta geração, o 5G, no Brasil. O leilão, previsto para o primeiro semestre de 2020, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), só deve ocorrer no segundo semestre. Enquanto isso, a Oi e suas concorrentes fazem simulações para verificar a qualidade do sinal, as necessidades tecnológicas e os problemas que a novidade pode trazer ao mercado brasileiro.

Parte desse trabalho é feito nos chamados ;testes de convivência; entre os serviços móveis de 5G e os sinais de TV aberta, transmitidos via satélite e captados por antenas parabólicas. Segundo Abreu, não há uma solução definitiva, e os testes ainda estão sendo feitos.

Um deles ocorreu durante o Rock in Rio, no início do mês, que teve a cobertura com 5G pela Oi. O executivo garante que não houve interferência nas TVs, mas, segundo ele, ainda não é possível afirmar que a aplicação de filtros será suficiente para resolver essa convivência entre tecnologias. Abreu lembra que, apesar dos esforços da indústria para encontrar uma solução, até 2023, as TVs terão de colocar filtros em seus receptores, o que reduziria a interferência do sinal móvel.

Investimentos

Apesar de as operadoras ainda estarem quebrando a cabeça para resolver o problema da interferência no sinal de TV aberta, Abreu não considera que haja um atraso no cronograma para avançar com o 5G. O executivo da Oi lembra que a própria Anatel depende de testes e de outras informações de operadoras, fornecedores e especialistas para reunir subsídios antes da formulação das regras para o leilão da nova frequência de telefonia móvel.

Assim como seus pares da concorrência, o COO da Oi se mostra apreensivo quanto ao caráter que a Anatel poderá dar ao leilão. Se for arrecadatório, acredita, poderá haver um comprometimento dos investimentos na nova frequência. ;A agência precisará definir se vai privilegiar a cobertura (com 5G) ou a arrecadação. Seu papel é promover investimentos e desenvolvimento do setor. Se a Anatel criar um modelo que prejudique esses investimentos, isso pode não fazer sentido em um país com as características do Brasil.;