Uma digitalização eficiente dos atendimentos do INSS tem potencial de gerar uma economia entre R$ 1,7 bilhão e R$ 4,7 bilhões ao ano para as contas públicas. O número é parte de um estudo realizado pelo BrazilLAB, em parceria com a Fundação Brava e o Centre for Public Impact, ao qual o Broadcast. sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, teve acesso.
O levantamento considera a aplicação de várias tecnologias que já foram utilizadas em outros países e que contribuiriam para melhorar a eficiência do sistema. Elas ajudariam a atacar os problemas que, segundo o estudo, geram desequilíbrios no sistema previdenciário, como inadimplência, a não contribuição e a fraude fiscal. O documento aponta que, apenas por irregularidades como falsificação, registros desatualizados e problemas de ingerência interna, como fornecimento de dados incorretos, o governo perde algo em torno de R$ 123 bilhões todos os anos.
Os cenários foram projetados até 2030 e têm como modelo a Austrália, país que elaborou um plano decenal para ampliar os atendimentos via canais digitais. O estudo fez um levantamento, ainda, de 24 experiências, em 15 países, de aplicação de tecnologias nas políticas do sistema previdenciário. E elegeu quatro iniciativas que trouxeram resultados positivos. Um programa de apoio a excluídos digitais, no Reino Unido; uma plataforma que comunica agências do governo, na Eslovênia; um sistema americano para controle e autenticidade automático e digital de documentos; e, na Suécia, a criação de um dashboard que fornece informações sobre pensões em tempo real, além de projeções de renda de aposentadoria.
O levantamento aponta que as tecnologias de cruzamentos de dados implantadas em outros países poderiam capturar entre 10% e 25% das perdas com inadimplência e de 10% a 15% das perdas com sonegação.
O BrazilLAB é uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo conectar empreendedores e o poder público.